MP denuncia fraude à cota de gênero em Prata do Piauí e pede punições ao PP
Partido Progressista foi acusado de registrar candidaturas femininas fictícias nas eleições de 2024.
O Ministério Público do Piauí (MP) entrou com uma ação judicial contra o Partido Progressista (PP) de Prata do Piauí, acusando a sigla de fraude à cota de gênero nas eleições de 2024. A denúncia aponta que o PP registrou duas candidaturas femininas fictícias para cumprir a exigência de 30% de candidaturas de mulheres, sem que as candidatas realmente concorressem.
O MP identificou que as candidatas Antônia Rafael de Alencar da Costa e Francisca do Amparo Ramos Rodrigues não realizaram campanha e não buscaram votos, com Antônia Rafael recebendo apenas dois votos e Francisca apenas 16. Por conta disso, a Promotoria Eleitoral solicitou a inelegibilidade dos envolvidos por oito anos e a cassação dos mandatos, caso tenham sido eleitos.
O MP também pediu a invalidação das candidaturas do PP no registro oficial de candidaturas (DRAP). Além disso, foi requisitada uma indenização de no mínimo R$ 500.000,00 por dano moral coletivo, a ser destinado ao empoderamento das mulheres no município.
A ação foi assinada pelo promotor de Justiça Ari Martins, que afirmou ser fundamental garantir maior participação das mulheres na política.