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Mulher confessa ter envenenado vizinha em Parnaíba para livrar marido da prisão

Segundo o delegado, esse é um dos casos mais raros e difíceis de homicídios por envenenamento.


Foi realizada na manhã desta segunda-feira (03), pela Polícia Civil do Piauí, uma coletiva de imprensa sobre o caso de envenenamento em massa em Paraíba, no litoral do Piauí. Maria dos Aflitos, matriarca da família envolvida, confessou ter misturado veneno pesticida no café servido à sua vizinha, Maria Jocilene da Silva, que acabou falecendo no ultimo dia 24 de Janeiro por intoxicação a uma substância semelhante ao conhecido “chumbinho”, a mesma usada para envenenar os filhos e netos de Maria dos Aflitos.

Segundo o delegado, esse é um dos casos mais raros e difíceis de homicídios por envenenamento em série.“A investigação revelou que o modus operandi utilizado nos dois primeiros crimes foi idêntico. Apenas no terceiro caso, o crime foi cometido exclusivamente por Maria dos Aflitos”, ressaltou.

Foto: ReproduçãoFrancisco de Assis e Maria dos Aflitos
Francisco de Assis e Maria dos Aflitos

Maria revelou que, após encontrar o veneno atrás do fogão, ela decidiu misturá-lo no café que preparou para servir a Jocilene. Depois de beber a bebida, Jocilene usou o mesmo recipiente para tomar água. Aproximadamente 30 minutos depois, ela começou a passar mal ainda dentro da casa. Maria então descartou a embalagem no lixo, que foi recolhido antes da chegada da perícia.

Sobre os primeiros envenenamentos, Maria contou que Francisco, que não demonstrava afeto pelos filhos e netos, havia premeditado tudo. Ele usou os cajus como álibi para desviar a atenção da polícia, alegando que o mal-estar das crianças era causado pelos frutos. As duas primeiras vítimas infantis foram envenenadas por meio de um refresco, e, em seguida, Francisco adicionou veneno ao arroz durante a madrugada, sem que Maria tivesse percebido.

Sobre o caso

No dia 1º de Janeiro, nove pessoas que consumiram um baião de dois foram envenenadas por uma substância semelhante ao “chumbinho”. 24 dias depois, Maria Jocilene da Silva veio a óbito depois de tomar um café oferecido por Maria dos Aflitos. As investigações também apontam que Maria  dos Aflitos e Jocilene mantinham um relacionamento amoroso.

Francisco de Assis, companheiro de Maria dos Aflitos é o principal suspeito do envenenamento em massa ocorrido na virada do ano, e está preso desde o dia 08 de janeiro. A Polícia Civil segue investigando o caso.

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