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Setembro Verde marca luta pela inclusão social da pessoa com deficiência

Especialistas reiteram legalidade da inclusão efetiva em ambientes educacionais e profissionais.


No dia 21 deste mês é celebrado o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, por isso o Setembro Verde foi o período escolhido para esta importante articulação social. A campanha tem por objetivo promover e debater diversas temáticas voltadas à inclusão da pessoa com deficiência em diferentes esferas sociais, como educação e trabalho.

A ação carrega o símbolo da esperança de um futuro com mais igualdade e equidade. Segundo último levantamento da pesquisa PNAD 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 26,6% da população com deficiência do país está no mercado de trabalho, enquanto a média entre as pessoas sem deficiência é de 60,7%. Os números mostram que ainda são necessário avanços.

Foto: Reprodução/ AscomSetembro Verde marca luta pela inclusão social da pessoa com deficiência.
Setembro Verde marca luta pela inclusão social da pessoa com deficiência.

Ainda de acordo com a pesquisa, 71,3% das pessoas com deficiência entre 11 e 14 anos frequentam o ensino fundamental, contra 86,1% das pessoas sem deficiência. No ensino médio, a taxa de frequência é de 54,4% entre as pessoas com deficiência de 15 a 17 anos, contra 70,3% das pessoas sem deficiência.

A advogada e professora, Jéssica Pádua, explica que o Estatuto da Pessoa com Deficiência visa garantir direitos que vão desde o atendimento prioritário em estabelecimentos até o direito à participação na vida pública e política. “Para promover a dignidade da pessoa com deficiência é necessário que o espaço destinado a esses trabalhadores esteja de acordo com seu potencial e suas qualificações”, pontua.
 
Além disso, Jéssica também complementa ao explicar que a legislação determina que toda empresa com 100 funcionários ou mais é obrigada a ter de 2% a 5% dos seus cargos preenchidos por pessoas com deficiência. “Mas ainda há poucas pessoas com deficiência trabalhando e menos ainda com emprego formal. Ainda há uma tendência à contratação de pessoas com deficiência leve, o que evidencia outra questão: que não basta apenas contratar a pessoa com deficiência para que aconteça a inclusão, uma vez que é necessário qualificá-la e adaptar seu trabalho para que seu potencial seja aproveitado de maneira produtiva”, reforça.
 
Trabalho psicopedagógico também contribui para inclusão efetiva
 
Para George Paz, psicopedagogo, no ambiente de trabalho deve haver inclusão da pessoa com deficiência efetivamente e os demais profissionais também precisam ser capacitados. “Além disso, é fundamental ter um ambiente e infraestrutura adequadas, assim como fazer com que esse sujeito se sinta pertencente a esses espaços educacionais ou profissionais. O tratamento não pode ser excludente no sentido de menosprezar ou colocá-los como incapazes. É preciso respeitar, entender suas questões e saber como podem ser incluídos”, enfatiza.
 
O professor George reforça que “enquanto profissionais da psicologia, temos bases teóricas e formas de auxiliar, mas, sem dúvida, o principal hábito que devemos cultivar é entender esses sujeitos e suas angústias para que possamos propiciar inclusão”, finaliza docente.

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