Piauí registra quase mil casos de tuberculose; Sesapi alerta sobre aumento
Os dados da Sesapi indicam 916 casos no atual ano epidemiológico.
GUILHERME FREIREO Piauí enfrenta um aumento significativo nos casos de tuberculose, uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, com um acréscimo de pouco mais de 100 casos em comparação ao último ano epidemiológico.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), entre 2022 e 2023, o estado registrou 806 casos da doença, porém, no atual ano epidemiológico, que se estende até outubro, já foram notificados 916 casos. Esses números alarmantes preocupam as autoridades de saúde, que buscam estratégias para conter a disseminação da tuberculose no estado.
A forma extrapulmonar da tuberculose, que atinge órgãos além dos pulmões, é mais comum em indivíduos que vivem com HIV, especialmente aqueles com comprometimento imunológico.
De acordo com a supervisora da Coordenação de Atenção às Doenças Transmissíveis da Sesapi, Ivone Venâncio, uma das causas da alta é o abandono de tratamento. “Essa realidade está diretamente relacionada ao abandono de tratamento e a falta de informação sobre como se comporta a doença na população. Por isso, apoiamos os 224 municípios na identificação dos casos através da busca ativa e com qualificação dos profissionais nas macrorregiões de saúde”, destacou.
O que é a doença?
A doença infecciosa, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, afeta principalmente os pulmões e pode comprometer outros órgãos. A transmissão da doença acontece por via respiratória (fala, tosse ou espirro), mas não pode ser transmitida por meio de objetos compartilhados.
Os principais sintomas são tosse (seca ou com catarro) por 3 semanas ou mais, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.
Prevenção
Para evitar sua disseminação, é importante adotar medidas simples, como a higiene respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. Além disso, manter os ambientes ventilados ajuda a reduzir o risco de contágio. Evitar o contato próximo com pessoas doentes, especialmente aquelas com tosse persistente, também é essencial para prevenir a transmissão da doença.
