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Melanoma ocular é curável se diagnosticado precocemente; veja os cuidados

Especialista destaca a importância de consultas regulares e exames.


Ao longo de todo o ano, uma série de campanhas de prevenção e combate ao câncer são realizadas no país. Em recorte numérico, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é que para o triênio de 2023 a 2025 no Brasil sejam detectados 704 mil novos casos da doença a cada ano. Nesse cenário, entre os tipos de câncer que afetam a população, a saúde dos olhos também deve ser motivo de preocupação.

O melanoma ocular, por exemplo, é um tipo de câncer que pode se manifestar na visão, por isso é imprescindível consultas regulares ao médico e, nos casos de confirmação da doença, seguir rigorosamente os tratamentos indicados. A doença é totalmente curável se diagnosticada no início e, quando não tratada ou iniciado o procedimento tardio, pode levar a metástases a distância e óbito.  Especificamente quanto ao melanoma ocular, vale pontuar que ele pode se originar de 2 porções diferentes do olho: a conjuntiva ocular e ⁠a coróide, que é camada vascular do olho que se localiza atrás da retina.

Foto: Reprodução/ AscomMelanoma ocular é curável se diagnosticado precocemente.
Melanoma ocular é curável se diagnosticado precocemente.

A Dra. Mônica Santos Müller Campêlo, oncologista ocular do Vilar Hospital de Olhos, explica que as duas doenças, apesar de possuírem o mesmo nome, são completamente diferentes uma da outra quanto a sinais, sintomas e história natural (gravidade, evolução, entre outros). A médica acrescenta que o melanoma de conjuntiva pode se originar de um sinal escurecido localizado na superfície do olho, seja na região exposta pela abertura normal das pálpebras, seja em regiões não expostas do olho (por trás das pálpebras, por exemplo).

 A Dra. Mônica endossa que, quanto ao melanoma conjuntiva. “Geralmente essas lesões são benignas e recebem o nome de nevo de conjuntiva. Elas podem crescer e se alterar ao longo dos anos, sofrendo alterações malignas e se transformando em melanoma”, ressalta. Por sua vez, o “melanoma de coróide é mais silencioso. Em regra, ele surge de alterações celulares que ocorrem em nevos benignos da coróide (sinal pigmentado)”, destaca. Além disso, “podem não causar sintomas algum, por isso, em geral são diagnosticadas mais tardiamente em fases avançadas. Quando maiores, os melanomas de coróide podem causar descolamento de retina e perda da visão”, alerta.

 Com relação ao público em que mais prevalece o aparecimento da doença, o melanoma de conjuntiva é um problema raro que acomete mais pessoas de origem oriental, brancas e com olhos claros. Já o melanoma de coróide acomete mais pessoas idosas, brancas e de olhos claros, explica a médica.

Quanto ao tratamento, a Dra. Mônica compartilha que o “melanoma de conjuntiva pode ser tratado com cirurgia para a retirada total da lesão, porém, após isso, poderá ser necessário tratamento adjuvantes com radioterapia, quimioterapia sistêmica ou imunoterapia”. No caso do melanoma de coróide, “caso chegue em estágios muito avançados, poderá precisar de enucleação do olho e, até mesmo, radiação adjuvantes. Mas na maioria das vezes, por já serem diagnosticadas de forma avançada, não restam muitas alternativas terapêuticas a não ser realizar a cirurgia de enucleação do globo ocular”, finaliza.

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