Correio Piauiense

Notícias

Colunas e Blogs

Outros Canais

Câncer ocular infantil pode causar cegueira sem diagnóstico precoce

A doença pode ser suspeitada precocemente nos primeiros dias, por meio do "Teste do Olhinho".


Raro, mas perigoso, o retinoblastoma corresponde a apenas 4% dos cânceres infantis, mas é a principal causa de câncer ocular entre crianças. A doença pode ser bem agressiva, gerando diversas complicações, além da perda da visão. Porém, pode ser suspeitada precocemente nos primeiros dias de vida através do “Teste do Olhinho”.

Formado ainda durante a gestação ou mesmo nos primeiros anos de vida, o retinoblastoma é o nome dado a um tumor maligno que tem origem nas células da retina. Segundo a médica oftalmologista Mônica Muller, especialista em oncologia ocular, fatores genéticos são a principal causa desse tipo de câncer.

Foto: Reprodução/InternetRetinoblas
Retinoblastoma pode causar cegueira em crianças, sem diagnóstico precoce

“O retinoblastoma tem origem genética, decorre de mutações que ocorrem em alguns genes relacionados ao surgimento de tumores na retina. Pode causar cegueira, metástase a distância e levar a criança a óbito”, alerta a profissional.

Ainda de acordo com a médica, a doença pode atingir um ou os dois olhos e pode ter caráter hereditário. “Ele pode ser unilateral ou bilateral. A maioria dos tipos são tumores esporádicos que estão associados a alterações genéticas adquiridas nos primeiros anos de vida. Os casos mais graves (bilaterais) são em sua maioria hereditários”, reforça. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil registra entre 200 a 250 casos novos por ano. Para realizar o Diagnóstico, Mônica Müller explica a necessidade de avaliações completas com o exame de mapeamento de retina com oftalmologista e destaca a importância do “Teste do Olhinho”, um exame realizado no primeiro mês de vida do recém-nascido.

“O diagnóstico precoce deve ser enfatizado através de consultas oftalmológicas regulares. O teste do olhinho auxilia no diagnóstico precoce, já que consegue detectar algumas alterações nos casos mais graves em bebês recém-nascidos. Porém, por ser um teste de triagem, mesmo quando normal, não exclui totalmente a doença, sendo obrigatória a avaliação oftalmológica das crianças durante o primeiro ano de vida”, destacou.

Com informações da Ascom*

Comente