Vereadora Tatiana Medeiros é indiciada por compra de votos e lavagem de dinheiro
Operação da Polícia Federal investiga esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal indiciou, nesta terça-feira (15), a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), após a deflagração da Operação Escudo Eleitoral. Ela é acusada de envolvimento em um esquema criminoso relacionado à compra de votos e lavagem de dinheiro durante as Eleições Municipais de 2024.
Tatiana está presa desde o dia 3 de abril de 2025. Ela foi inicialmente mantida na sede da Polícia Federal em Teresina, mas foi transferida para uma sala especial no Comando do Quartel General devido à sua profissão como advogada.

Acusações contra a vereadora
A vereadora foi indiciada por seis crimes, que são:
- Organização criminosa: Formação de grupo com o objetivo de cometer crimes.
- Corrupção eleitoral: Envolvimento em práticas ilegais para influenciar os resultados das eleições.
- Falsidade ideológica eleitoral: Alteração de informações para fraudar o processo eleitoral.
- Lavagem de dinheiro: Esquema para esconder a origem ilícita do dinheiro.
- Apropriação indébita: Quando alguém se apropria de valores que não lhe pertencem.
- Peculato-desvio (rachadinha): Quando servidores públicos desviam recursos que deveriam ser destinados a outra finalidade.
Além de Tatiana, também foram indiciados Alandilson Cardoso Passos, seu namorado, e Stênio Ferreira Santos, seu padrasto. Alandilson, que está preso em Minas Gerais, é acusado de organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e violação do sigilo do voto.
O padrasto de Tatiana, Stênio, também enfrenta as mesmas acusações de organização criminosa e corrupção eleitoral, além de outros crimes como apropriação indébita e peculato-desvio.
Como a fraude funcionava
A investigação da PF revelou que a vereadora, por meio da ONG Vamos Juntos, fazia pagamentos para comprar votos nas eleições de 2024. A compra de votos era realizada com transferências via pix no valor de R$ 100, realizadas para eleitores e líderes de grupos.
Durante as buscas, a PF encontrou documentos que comprovavam o pagamento de votos, como listas de eleitores e um relatório intitulado "Relatório Votos Válidos", além de informações apagadas de aparelhos da vereadora. A compra de votos foi considerada uma forma de garantir apoio durante a eleição.
O que acontece agora?
Após a prisão de Tatiana, a justiça manteve a prisão preventiva da vereadora, ou seja, ela seguirá presa enquanto a investigação continua. As investigações continuam para identificar mais envolvidos nesse esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, a PF vai analisar se o esquema criminoso foi mais amplo do que se imaginava.