Informalidade no mercado de trabalho do Piauí atinge 56,6% em 2024, aponta IBGE
Crescimento da informalidade no estado reflete no aumento das taxas de ocupação.
Em 2024, o mercado de trabalho do Piauí viu uma alta na informalidade, com 56,6% das pessoas ocupadas trabalhando de maneira informal, ou seja, sem contrato registrado ou benefícios trabalhistas, como férias e 13º salário. Esse número representa um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação a 2023, quando a informalidade estava em 54,4%.
O Piauí tem a segunda maior taxa de informalidade do Brasil, ficando atrás apenas do Pará, que registrou 58,1%. Já a média nacional foi de 39%, e na Região Nordeste, a taxa ficou em 51,4%.

Ainda de acordo com o levantamento, o Piauí registrou a menor taxa de desocupação desde 2014, com 7,5%. Esse número mostra que, mesmo com o crescimento da informalidade, mais pessoas estão encontrando trabalho no estado.
Por exemplo, se o estado tem 100 pessoas que estão procurando emprego, 7,5 delas não conseguem uma vaga, enquanto as outras 92,5 conseguiram se inserir no mercado de trabalho.
Em comparação com a média do Brasil, que ficou em 6,6%, o Piauí tem uma taxa um pouco mais alta, mas ainda está entre os estados com melhores números na Região Nordeste, ficando atrás apenas do Maranhão e Ceará.
O que é taxa de desocupação?
A taxa de desocupação é um indicador que mostra o percentual de pessoas que estão ativamente procurando trabalho, mas ainda não conseguem uma vaga. Ela não conta as pessoas que pararam de procurar emprego ou que estão fora do mercado de trabalho, como aposentados ou estudantes.
Recuperação do mercado de trabalho piauiense
Outro dado importante é a recuperação do mercado de trabalho no Piauí. O nível de ocupação, que mostra a proporção de pessoas que têm emprego em relação à população em idade de trabalhar, chegou a 50,8% em 2024. Esse número é o maior desde a pandemia de COVID-19, que fez a taxa de ocupação cair para 43,7% em 2020.