Sesapi abre leitos pediátricos para combater aumento de síndromes respiratórias
Entre março e junho, Teresina foi responsável por 96% das internações.
Após o decreto do Governo do Estado, declarar situação de emergência em saúde pública devido ao aumento alarmante de casos e internações hospitalares por Síndromes Gripais e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) vai abrir leitos pediátricos na rede de saúde estadual para ampliar a capacidade de atendimento e tratamento da doença.
O plano elaborado pela Sesapi prevê a abertura de dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no renomado Hospital Infantil Lucídio Portella (Hilp), especializado no cuidado de crianças. Além disso, serão disponibilizados mais 73 leitos com suporte respiratório em unidades estaduais de saúde, visando o tratamento de síndromes respiratórias.

Joselma Oliveira, assessora técnica da superintendência de gestão de média e alta complexidade, destaca a importância dessas medidas para a saúde infantil. "Além dos leitos destinados ao tratamento de casos de SRAG, estamos trabalhando na ampliação da vacinação das crianças nos municípios. A vacinação é uma das principais formas de prevenir complicações e o agravamento dos casos graves. Tudo isso é feito com o objetivo de evitar um cenário de aumento dos casos de síndromes respiratórias graves”, explicou.
Nos meses de março e junho, Teresina foi responsável por 95% e 96% das internações provocadas pela doença. Parnaíba foi à segunda cidade com o maior percentual de internações.
Dados da doença
Segundo dados divulgados pela Sesapi, no primeiro semestre de 2023, foram registrados 1.303 internações por SRAG. O pico das internações ocorreu em maio, com um total de 400 notificações, representando 31% de todas as internações do semestre. Desse número, 40% das internações foram de crianças de 0 a 5 anos.
No início do ano, de janeiro a fevereiro, houve uma diminuição no número de internações. No entanto, a partir do mês de março, houve um aumento significativo e constante das notificações, chegando a um aumento de 43% em relação ao mês anterior. Em abril, o aumento foi de 71% em relação a março.
Os dados coletados pelo Sive Gripe revelam que, apesar de janeiro e fevereiro terem registrado o menor número de internações por SRAG, houve uma maior necessidade de internações em UTIs nesses meses. Nos demais meses, o percentual variou entre 13% e 17%.
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