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Pacientes esperam até seis horas por atendimento em UPA no bairro Satélite

Moradores que procuram ajuda na unidade de saúde reclamam da demora no atendimento.


Pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Antônio Dib Tajra, localizada no bairro Satélite, na Zona Leste de Teresina, reclamam de superlotação, demora e má qualidade no atendimento. Moradores que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) relatam que o problema é recorrente e que as filas no local são grandes durante toda a semana. 

A moradora Márcia Fontenele chegou à unidade de saúde por volta das 14h de terça-feira (05), buscando ajuda para o pai, de 71 anos, que estava operado, a fim de realizar a troca da sonda. Ela alega que a equipe de enfermagem realizou o procedimento de forma inadequada e, portanto, precisou retornar imediatamente para correção com urgência. 

Foto: Reprodução/ AscomUnidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite.
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite.

"Estive na UPA do Satélite com meu pai, que passou por um procedimento cirúrgico e estava com uma sonda. Chegamos lá às 16h, e estava lotado. A sonda dele teve que ser trocada, pois estava causando desconforto. O procedimento foi realizado por enfermeiras estagiárias. Quando chegamos em casa, ele urinou fora da sonda, e nós retornamos à UPA, permanecendo lá até as 20h da noite", explicou. 

Em um vídeo enviado pela moradora ao Correio Piauiense, é possível observar os corredores lotados de pacientes, incluindo crianças e idosos. Além disso, parte do forro do teto estava solta. Ela alega que no local não havia médicos disponíveis para realizar os atendimentos. 

"A UPA estava superlotada, os pacientes estavam passando apenas pela triagem, e não havia atendimento médico disponível, nem para adultos nem para crianças. O local também não possuía ar-condicionado, bebedouros, e o teto estava começando a cair. Não havia médicos disponíveis para prestar atendimento, e algumas pessoas já estavam lá desde às 14h, aguardando atendimento médico. Importante ressaltar que saí de lá sem ter sido atendida", finalizou Márcia Fontenele. 

Francisco da Silva, outro morador que estava na unidade acompanhando a esposa, explicou que a situação é precária. Eles chegaram a procurar atendimento na segunda-feira (04), mas foram embora sem receber ajuda após cinco horas de espera. "Desde ontem, são quase 20 horas de espera. Ontem fomos embora sem receber nenhuma posição”, lamentou.

Outro lado

Após entrarmos em contato com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), entidade responsável pela administração das UPAs na cidade, emitiu uma nota esclarecendo o fato ocorrido. (Confira na íntegra):

"A FMS informa que a UPA do Satélite está com seu quadro de médicos completo. A equipe de profissionais do local é qualificada e presta serviço de urgência e emergência com classificação de risco, atendendo não por ordem de chegada, mas por grau de gravidade do paciente. Quanto à refrigeração do local, a FMS informa que as máquinas estão funcionando, porém, devido às altas temperaturas da cidade e à abertura das portas, as máquinas acabam ficando sobrecarregadas. A FMS informa ainda que não há problemas no teto da unidade. Quanto a esse paciente que afirma ter esperado 6 horas para ser atendido, só poderíamos verificar a veracidade dessa informação se tivéssemos os dados dele. No entanto, por regra, isso não acontece".

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