Enfermeiros protestam e ameaçam greve por cumprimento do Piso Salarial no Piauí
No Piauí, mais de 35 mil profissionais atuam nos hospitais e redes de saúde.
Em revolta por melhores salários, enfermeiros e técnicos de enfermagem bloquearam a Rua 13 de Maio, no centro de Teresina, e protestaram por cumprimento do piso salarial da categoria. O Piso Salarial da Enfermagem estabelecido por lei é de R$ 4.750,00, mas não vem sendo cumprido no Piauí.
Durante a manifestação, os profissionais argumentam que falta boa vontade das autoridades públicas para pagamento dos recursos. No Piauí, cerca de 35 mil enfermeiros e técnicos atuam profissionalmente e em Teresina, a categoria possui cerca de 25 mil trabalhadores da área.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Piauí (Senatepi), Erick Raccely, afirma que a categoria não pode continuar como está.
"Estamos numa situação tão crítica que quando o funcionário adoece trabalhando, o salário sequer consegue comprar a medicação necessária para o seu tratamento. A história de que vai fechar leitos e demissão em massa, isso não é verdade. Esse piso que é um valor muito pequeno, ele começou de R$ 7.500,00 e hoje é de R$ 4.750,00 já reduziu quase que pela metade e mesmo assim sao resistentes em pagar", disse.

O movimento dos enfermeiros está acontecendo em todos os estados do Brasil e Distrito Federal. O presidente do Senatepi afirma que há a possibilidade de greve.
"Se até o dia 10, não tivermos uma resolução efetiva nós teremos greve. A rede privada já lucrou muito de 2017 para cá às custas do aumento da jornada de trabalho e mantendo o mesmo salário, quando foi tirada a informal de 30h para a carga horária de 44h, e quando foi permitida a jornada 12/36h. A medida provisória já foi feita, ela só precisa ser assinada e publicada pelo presidente Lula. Porém, se mesmo assim o Ministro Barroso não liberar esse piso, aí vemos que é uma questão mais política do que jurídica", reforça.