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Descongestionantes nasais podem levar a problemas cardíacos e respiratórios

Especialista destaca as diferenças entre o uso de diferentes tipos de descongestionantes.

Redação

Seja durante o clima seco, marcado pelo calor e acumulo de poeira, ou durante a época das chuvas, com clima mais frio e aumento em casos de doenças respiratórias, é comum que muitas pessoas recorram aos descongestionantes nasais para um alívio imediato de alguns sintomas. No entanto, o uso indiscriminado desses medicamentos pode trazer sérios riscos.

O alerta parte do médico otorrinolaringologista, Antônio Luis de Lima Carvalho, destacando que o paciente, ao usar o medicamento de forma deliberada e sem o devido acompanhamento médico, pode acabar piorando a sua condição, tornando a congestão nasal ainda mais frequente.

Foto: Reprodução/ InternetDescongestionantes nasais.
Descongestionantes nasais.

“O uso do descongestionante pode levar à dependência nos casos em que se faz uso por períodos maiores do que sete a 10 dias. Esse paciente vai apresentar congestão nasal praticamente contínua em um efeito estilingue: quanto mais usa, mais o paciente tem piora da sua obstrução nasal”, afirmou.

O especialista ainda destaca as diferenças entre o uso de diferentes tipos de descongestionantes, alertando para outros efeitos colaterais do uso desse tipo de medicamento sem a devida atenção, como o desenvolvimento de problemas cardíacos e respiratórios.

“Descongestionantes tópicos são aquelas gotinhas que aplicamos no nariz com efeito local imediato. Os orais são os que ingerimos e têm efeito mais duradouro, mas, em compensação, podem ter mais efeitos colaterais. O uso de ambos, sem acompanhamento, pode levar a arritmias, aumento de pressão arterial, podendo causar um quadro de rinite crônica medicamentosa”, explicou.

Cuidados no uso de descongestionantes 

Mesmo apresentando esse tipo de risco, é importante saber quando e como utilizar esse tipo de medicamento da forma correta, evitando ao máximo os riscos que podem ser ocasionados. O otorrinolaringologista Antônio Luis aponta para os principais objetivos do medicamento, e algumas de suas contraindicações.

“Descongestionantes tem como objetivo tirar o paciente de uma crise aguda em que a obstrução nasal está trazendo grande dificuldade respiratória. Deve-se evitar o uso quando o paciente tem alguma sensibilidade ao medicamento, como quando apresenta palpitações, por exemplo. Deve-se evitar também em pacientes com problemas cardíacos e em crianças pequenas”, destacou.

A congestão nasal é causada pela inflamação da mucosa nasal, conhecida popularmente como “rinite”, sendo ocasionada por gripes e resfriados, alergia ou por inalação de alguma substância irritante, como serragem de madeira ou produto de limpeza. Antônio reforça a importância de se buscar atendimento especializado para o tratamento correto desse problema.

“Geralmente, os casos que se tornam crônicos são por alergia, ou por exposição à substância irritante frequente no trabalho. Por isso a importância de se buscar o médico especialista, pois ele é quem vai orientar sobre o tempo e dose corretas desses descongestionantes e fazer o desmame deles com medicamentos específicos”, pontuou.

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