Dengue, zika e chikungunya na gravidez aumentam risco de parto prematuro e morte de bebês, aponta Fiocruz
Pesquisadores analisaram mais de 6,9 milhões de nascimentos no Brasil entre 2015 e 2020.
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisou mais de 6,9 milhões de nascimentos no Brasil, entre 2015 e 2020, e mostrou que a infecção de gestantes por doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti pode trazer sérias consequências para mães e bebês.

O que os cientistas descobriram
- Parto prematuro: a gestante pode entrar em trabalho de parto antes da hora.
- Baixa pontuação no Apgar: exame feito logo após o nascimento para avaliar respiração, batimentos cardíacos e reflexos do bebê.
Morte neonatal: risco maior de morte nos primeiros 28 dias de vida.
A pesquisa também apontou que a dengue está ligada a alterações no desenvolvimento do feto, conhecidas como anomalias congênitas. Já a zika apresentou risco ainda mais elevado para má-formações, que mais que dobraram entre bebês de mães infectadas.
Por que isso importa
Até agora, a zika era vista como a grande ameaça durante a gestação, principalmente após a epidemia de microcefalia em 2015. Mas o estudo mostra que dengue e chikungunya também oferecem riscos sérios e precisam de atenção.
Como se proteger
- Evitar criadouros do mosquito em casa e na vizinhança.
- Procurar atendimento médico imediato se apresentar febre, manchas vermelhas pelo corpo, dores no corpo ou nas articulações durante a gestação.
- Acompanhar campanhas de vacinação, como a da dengue, que já está disponível em parte do país.
Com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)*