Consumo de energéticos cresce no Brasil e preocupa médicos e psicólogos
Uso em excesso pode causar insônia, arritmia e ansiedade, alertam especialistas. Jovens das classes
O consumo de bebidas energéticas vem crescendo rapidamente no Brasil, especialmente entre os jovens. Segundo dados da Kantar, até setembro de 2024, 38% dos lares brasileiros já haviam comprado esse tipo de bebida. Fora de casa, 22% da população consome energéticos — e os jovens das classes C, D e E representam 40% desse público.
O aumento acendeu o alerta de especialistas da saúde. As bebidas, que contêm cafeína, taurina, guaraná e outros estimulantes, prometem disposição e foco, mas o uso frequente pode causar problemas como insônia, batimentos acelerados, crises de ansiedade e, em casos mais graves, arritmia.

“A combinação com álcool é ainda mais perigosa, porque o energético disfarça os efeitos da bebida e dificulta perceber quando o corpo já passou do limite”, explica a cardiologista Rafaella Soriano.
Além dos riscos físicos, psicólogos também observam impactos emocionais. O psicólogo Fabrício Otoboni afirma que muitos jovens recorrem aos energéticos para acompanhar um ritmo acelerado de vida, o que pode levar à exaustão mental. “Existe uma cobrança por produtividade constante, e isso acaba afetando o bem-estar”, alerta.
Médicos e psicólogos reforçam que o consumo deve ser feito com moderação e atenção aos sinais do corpo.