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Senado discute fim da reeleição e aumento do tempo de mandato para políticos

Proposta acaba com reeleição para cargos do Executivo e unifica eleições em um só ano.


O Senado deve analisar, na próxima quarta-feira (09), uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê mudanças importantes nas eleições brasileiras. O texto acaba com a reeleição para presidente, governadores e prefeitos, amplia o tempo de mandato e propõe a unificação das eleições em um único ano.

Hoje, os brasileiros vão às urnas a cada dois anos: em uma eleição para presidente, governadores, deputados e senadores; e na outra, para prefeitos e vereadores. Com a proposta, todas essas disputas passariam a ocorrer no mesmo ano, de cinco em cinco anos.

Foto: Reprodução/ Agência BrasilTRE recebe 1200 urnas que deverão ser usadas nas eleições de 2024.
Senado analisa PEC que prevê fim das eleições a cada dois anos. 

A proposta também aumenta os mandatos:

  • Prefeitos, governadores e presidente: de 4 para 5 anos, sem reeleição;
  • Deputados federais, estaduais e distritais: de 4 para 5 anos;
  • Senadores: de 8 para 10 anos.

A proposta é de autoria de uma comissão do Senado e foi motivada, segundo os parlamentares, pela necessidade de reduzir custos, dar mais estabilidade política e evitar que os governantes passem parte do mandato focados na próxima eleição.

O relator da PEC é o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Para ele, a reeleição no Executivo não tem trazido benefícios para o país.

“Ao propor o fim da reeleição, a maioria entende que um mandato de quatro anos é muito curto para um prefeito, governador ou presidente executar seus projetos. Por isso, estamos propondo ampliar para cinco anos, sem direito a um segundo mandato”, disse o senador.

Se aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposta segue para votação no plenário do Senado e depois para a Câmara dos Deputados. Como se trata de uma mudança na Constituição, são necessários os votos favoráveis de três quintos dos parlamentares, em dois turnos, em cada Casa.

O novo modelo só entraria em vigor após um período de transição, entre 2026 e 2030.

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