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Alepi aprova política para atender mulheres no climatério; entenda o que muda

Projeto prevê ampliação de exames, acompanhamento psicológico e acesso a medicamentos no SUS.


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) aprovou, nesta semana, a criação da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde das Mulheres no Climatério. O objetivo é ampliar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) para essa fase da vida, que envolve mudanças hormonais e pode trazer sintomas físicos e emocionais.

O que é o climatério

O climatério é o período de transição da vida reprodutiva para a não reprodutiva da mulher. Ele ocorre, em média, entre os 40 e 65 anos e envolve a queda dos hormônios, principalmente o estrogênio. Nessa fase, é comum enfrentar sintomas como ondas de calor, insônia, alterações de humor e ganho de peso. A menopausa faz parte desse processo e é caracterizada pela ausência da menstruação por 12 meses seguidos.

Foto: Reprodução/ InternetAlepi aprova política para atender mulheres no climatério.
Alepi aprova política para atender mulheres no climatério.

O que o projeto prevê

Com a nova política, as mulheres terão direito a:

  • Exames físicos e laboratoriais, como mamografia, preventivo do colo do útero, ultrassonografia transvaginal e densitometria óssea;
  • Acompanhamento psicológico no SUS;
  • Acesso a medicamentos hormonais e não hormonais;
  • Medidas de suporte no ambiente de trabalho, para lidar com os efeitos do climatério no dia a dia.

A proposta também prevê atenção às especificidades de mulheres negras, quilombolas, de comunidades tradicionais e com deficiência, reconhecendo que os sintomas e impactos podem variar conforme fatores sociais e culturais.

Tema ainda cercado de tabus

Especialistas apontam que a saúde da mulher, por muito tempo, foi tratada apenas sob a ótica da maternidade. Só nos anos 1980 o climatério passou a entrar no debate de políticas públicas. Ainda assim, o tema segue pouco discutido e marcado por tabus, o que contribui para que muitas mulheres tenham dificuldade em acessar exames e tratamentos gratuitos.

Se o projeto for aprovado em plenário, o Piauí passará a ter uma política própria para enfrentar esse desafio, buscando reduzir barreiras e garantir atendimento mais humanizado.

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