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Piauí é alvo de investigação por fraudes no Seguro-Defeso

Governo confirma esquema em benefício de pescadores e anuncia verificação presencial obrigatória.


O Piauí está entre os estados investigados pela Polícia Federal por fraudes no Seguro-Defeso do Pescador Artesanal, benefício pago a trabalhadores durante a piracema. Segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), atravessadores coagiam pescadores a repassar parte do dinheiro ou orientavam pessoas sem direito ao seguro a receber os valores de forma irregular.

O levantamento identificou irregularidades em 23 municípios de sete estados, incluindo Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará e Piauí.

Foto: Reprodução/ Agência BrasilPiauí é alvo de investigação por fraudes no Seguro-Defeso.
Piauí é alvo de investigação por fraudes no Seguro-Defeso.

“Constatamos casos graves em que pessoas sem direito ao benefício eram instruídas a recebê-lo, repassando parte do valor a intermediários”, afirmou o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho.

Nova regra

A partir de outubro, a habilitação ao benefício só será concluída após verificação presencial obrigatória. A checagem vai começar justamente nos cinco estados que concentram 75% dos pescadores cadastrados: Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará e Piauí.

Entre os pontos que serão fiscalizados estão:

notas fiscais da venda de pescado e comprovantes de contribuição previdenciária;
relatórios mensais de atividade;
registro biométrico na Carteira de Identidade Nacional (CIN);
geolocalização do local de pesca;
confirmação de endereço compatível com áreas de defeso.

Impacto

Criado no governo Dilma Rousseff, o Seguro-Defeso garante renda a pescadores durante a piracema. Em 2025, medidas de saneamento do registro de pescadores resultaram no cancelamento de 312 mil cadastros irregulares em todo o país.

No Piauí, a checagem deve atingir milhares de pescadores que recebem o benefício. Os primeiros dados da auditoria foram enviados sob sigilo à Polícia Federal, que vai aprofundar as investigações.

Com informações da Agência Brasil, MTE, MPEC e CGU.*

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