‘Jogo do Tigrinho’: influenciadoras são investigadas por movimentar R$ 10 milhões
Suspeitas divulgavam o “Jogo do Tigrinho” para milhares de seguidores nas redes sociais.
(Atualizada às 08h44)
A Polícia Civil do Piauí deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Laverna em Parnaíba, no litoral do Piauí, para cumprir medidas cautelares contra influenciadoras digitais suspeitas de promover plataformas de apostas ilegais. A divulgação dessas plataformas teria resultado em movimentações financeiras que somam R$ 10 milhões.
Segundo a investigação, Thaisa Costa Machado (594 mil seguidores), Tereza Iva Gomes Freitas (128 mil) e Emília Magalhães Brito (93,2 mil) usavam suas redes sociais para divulgar jogos de azar como o “Jogo do Tigrinho”, que prometem ganhos rápidos e fáceis em dinheiro real.

Durante a operação, a polícia apreendeu carros de luxo, joias, bolsas e sandálias de grife, além de celulares, computador e máquina de cartão. Segundo o delegado Ayslan Magalhães, os bens podem ter sido adquiridos com recursos obtidos a partir da divulgação dos jogos ilegais.
“As plataformas funcionam sem autorização, sem transparência e sem fiscalização, como cassinos online. Além disso, induzem os consumidores ao erro com a promessa de lucros rápidos”, disse o delegado.

As investigadas podem responder por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, divulgação de loteria não autorizada e indução ao erro do consumidor.
O primeiro edital havia sido suspenso na semana passada por causa de uma pendência na publicação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP).
O que é o “Jogo do Tigrinho”?
O jogo de azar funciona em plataformas digitais que simulam caça-níqueis. Usuários apostam dinheiro real e tentam multiplicar os valores. O problema, segundo a polícia, é que os sites não têm fiscalização nem auditoria, e costumam gerar prejuízos financeiros para quem participa.
Operação Laverna
A ação recebeu o nome de Laverna, deusa romana associada ao submundo e a atos ocultos, em referência ao caráter dissimulado das práticas investigadas.