Itallo Bruno é absolvido de ligação com facções criminosas após colaboração
O influenciador continua culpado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Na manhã desta terça-feira (23), em coletiva de imprensa, foram divulgados os resultados da investigação que envolve o influenciador Itallo Bruno, que foi absolvido da acusação de ter vínculo com facções criminosas.
De acordo com o delegado Humberto Mácola, Itallo Bruno teria realizado uma Colaboração Premiada, meio pelo qual ajudou no progresso da investigação e foi solto, na segunda-feira (22). Ainda assim, os crimes de lavagem de dinheiro, jogo de azar e organização criminosa foram confirmados e reconhecidos por Itallo.
“Nós mantemos o posicionamento do jogo de azar, da lavagem de dinheiro e organização criminosa, que foi verificada na existência de uma verdadeira empresa que funcionava irregular, ilegal, mas a participação tanto do investigado, quanto da sua familia, com facção criminosa, nós concluimos que não existiu”, afirmou.
A acusação de envolvimento com uma das facções criminosas atuantes no estado decorreu de uma transação pontual entre o investigado e um faccionado, o que não denota vínculo.
Os bens continuam confiscados
O influenciador perdeu a maior parte de seus bens, após a confirmação do crime de lavagem de dinheiro. Os bens confiscados devem ser revertidos em ações para a sociedade.
“O participante da colaboração abriu mão da totalidade dos seus bens, restando alguns apenas para garantir eventuais prejuízos a supostas vítimas. revertidos para a Secretaria de Segurança Pública do Piauí e o nosso secretário, Chico Lucas afirmou que grande parte desses valores revertidos irão retornar para a sociedade por meio de ações sociais”, concluiu o delegado.
Entenda o caso
A "Operação Jogo Sujo"foi deflagrada pela Polícia Civil do Piauí no dia 11 de janeiro, resultando na prisão de 11 pessoas, incluindo o influenciador Itallo Bruno Nunes e Silva. Durante a operação, foram apreendidos diversos bens, incluindo 8 carros, veículos de luxo como um Porsche e uma moto BMW, além de 13 motocicletas.
A ação teve como ponto de partida denúncias anônimas que indicavam atividades suspeitas, levando a polícia a identificar inconsistências nas informações financeiras de Itallo Bruno Nunes e Silva.
O influenciador, que declarava uma renda mensal de R$ 2 mil, revelou nas redes sociais um faturamento de R$ 2 milhões em poucos meses, levantando suspeitas. Entre os bens exibidos estavam veículos e imóveis de luxo avaliados.
A investigação revelou inconsistências nos sorteios, como falta de transparência na divulgação dos resultados e bens não registrados em nome dos supostos ganhadores.