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Família de caminhoneiro contesta versão da polícia sobre morte durante troca de tiros em Teresina

Laudo afasta culpa dos policiais, mas família mantém suspeitas.


O caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto foi morto durante uma troca de tiros entre policiais militares e criminosos em novembro de 2024, no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina. O caso continua sem solução clara, e a família mantém a suspeita de que ele foi atingido por disparos feitos por policiais. No entanto, laudos técnicos indicam que o tiro fatal não saiu das armas dos agentes envolvidos, segundo informou o advogado de defesa, Otoniel Bisneto.

A reconstituição do crime, realizada nesta quarta-feira (2), reforçou a hipótese de que o disparo partiu da lateral do caminhão onde a vítima estava sentada, em posição inferior a quem atirou. De acordo com a defesa dos policiais, o assaltante correu em direção ao caminhoneiro após ser baleado e pode ter sido o autor do tiro. Ainda segundo o advogado, não há como os PMs, que estavam posicionados atrás do caminhão, terem causado a morte.

O inquérito também investiga a possível participação de uma terceira pessoa na cena, apontada como vigilante, cujo paradeiro ainda não foi identificado. A polícia e a defesa dos PMs destacam a importância das imagens completas das câmeras de segurança para esclarecer os fatos. Os policiais chegaram a ser presos preventivamente por 45 dias após acusações de intimidação a testemunhas, mas foram liberados por falta de provas.

Foto: Reprodução/ Redes SociaisFamília insiste em justiça, apesar de laudo isentar policiais.
Família insiste em justiça, apesar de laudo isentar policiais.

A família de Francisco acompanhou a reconstituição e segue cobrando justiça. Segundo Sâmia Araújo, irmã da vítima, os depoimentos dos três policiais apresentaram contradições, inclusive sobre a posição dos veículos no local do crime. Com cartazes e manifestações, os familiares reforçam o apelo por uma resposta definitiva sobre quem atirou e matou o caminhoneiro.

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