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Denúncia: litoral piauiense pode ter milícias para grilagem de Terras

A acusação foi encaminhada ao Ministério Público Federal e será aberta investigação pelo DRACO.


Uma denúncia feita pelo defensor público José Rômulo, ao Ministério Público Federal, chamou a atenção sobre a grilagem de terras e formação de milícias no litoral piauiense. A ocorrência foi realizada hoje (16) na Secretaria de Segurança do Piauí, que traz evidências de que comunidades nativas de pescadores estariam sendo expulsas das terras onde tradicionalmente vivem e trabalham.

Segundo José Rômulo, os milicianos intimidam e expulsam essas comunidades para fins de grilagem de terras, como é o caso na região da Nova Barra Grande, comunidade Borogodó. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Federal, em Parnaíba, que iniciou um inquérito para investigar esses grupos criminosos.

Foto: DivulgaçãoInvestigação da existy
Investigação da existência de mílicias no litoral piauiense.

 “Com a expansão do turismo em Cajueiro da Praia, as terras passaram a ter um valor econômico muito grande, e isso trouxe a cobiça de gananciosos grileiros que se dirigem ao litoral do Piauí para se apropriar dessas terras e explorá-las economicamente com empreendimentos, em detrimento das comunidades tradicionais que lá residem há décadas, desde quando a terra não tinha essa expressão econômica que tem hoje”, comenta o defensor.
 
O secretário de Segurança, Chico Lucas, determinou que o caso seja investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Delegacia Geral da Polícia Civil, através do DRACO. Além disso, será proposta a criação de um grupo de trabalho envolvendo várias instituições para combater essas milícias com rigor.

“Não iremos tolerar a atuação de milicianos no Piauí, e já determinamos que os agentes da segurança que mantenham condutas públicas e/ou privadas incompatíveis com a função policial tenham punições exemplares, a fim de coibir esse tipo de prática danosa na Forças de Segurança do nosso Estado”, afirmou o secretário.

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