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Professores de escolas privadas podem entrar em greve indefinida no Piauí

O protesto ocorre nesta quinta-feira (15), a partir das 08h, em Teresina.


Os professores das instituições privadas de ensino do Piauí estão analisando a possibilidade de iniciar uma greve por tempo indeterminado. O objetivo é pressionar as escolas e faculdades a atenderem suas reivindicações, que incluem, entre outros pontos, reajuste salarial, folga aos sábados para docentes da Educação Infantil e Fundamental I, além da concessão de bolsas de estudo para filhos e dependentes.

O movimento ganha força em um contexto de insatisfação crescente. Segundo o Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro-PI), os profissionais do ensino básico têm enfrentado uma defasagem salarial de 5% em relação à inflação, enquanto no ensino superior a perda chega a 10%. Isso contrasta com os reajustes aplicados às mensalidades, que nos últimos anos subiram entre 8% e 10% ao ano, acumulando um aumento de 47% desde a pandemia.

Foto: Reprodução/ AscomProfessores de escolas privadas podem entrar em greve indefinida no Piauí.
Professores de escolas privadas podem entrar em greve indefinida no Piauí.

Para marcar o início das mobilizações, os docentes organizam um ato de protesto nesta quinta-feira (15), às 8h, no cruzamento da Avenida Frei Serafim com Rua Goiás, em Teresina. A manifestação visa alertar a sociedade sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores da rede privada.

O Sinpro-PI tem criticado a falta de avanços nas negociações com a classe patronal. A data-base dos professores é 1º de maio, mas até agora, as escolas e faculdades não apresentaram nenhuma proposta concreta. Em junho, durante uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), foi concedido um prazo de 21 dias para que as partes chegassem a um acordo sobre a Convenção Coletiva de Trabalho, que assegura os direitos da categoria. Entretanto, nenhum progresso foi registrado.

Diante desse cenário, o sindicato já obteve aprovação dos docentes para o estado de greve. Caso não haja avanços nas negociações, a deflagração de uma paralisação por tempo indeterminado poderá ser confirmada em uma nova assembleia.

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