Professores de escolas particulares de Teresina decidem paralisar atividades
A classe reivindica por melhores condições de trabalho e um aumento salarial.
SUZANA MORENO
LUIS FERNANDO AMARANESOs professores e auxiliares da rede particular de ensino do Piauí anunciaram uma paralisação completa de todas as atividades entre os dias 04 e 05 de agosto. Essa decisão coincide com o período previsto para o retorno às aulas do segundo semestre deste ano. O principal motivo do protesto é a reivindicação de melhores condições de trabalho e um aumento salarial adequado.
A categoria reivindica um reajuste salarial com base na inflação, que consideram como um aumento real. Isso se deve ao fato de que os salários têm permanecido abaixo do índice inflacionário nos últimos anos, apesar dos constantes aumentos nas mensalidades em torno de 10% tanto no ensino básico (infantil, fundamental e médio) quanto no ensino superior ao longo desse período.
Em entrevista ao Correio Piauiense, Marcelo Amorim, Secretário Geral do Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro), explicou que as negociações estão em andamento desde março deste ano, mas até o momento, não houve avanços significativos. "Estamos em negociação com os dois sindicatos patronais, SINEPE e SET. Essa negociação tem se prolongado, visto que nossa data base é em maio. Enviamos nossa proposta de negociação para a convenção coletiva de trabalho 2023/2024 ainda em março, mas até agora não conseguimos chegar a um acordo", afirmou.
Para pressionar as entidades patronais a atenderem suas demandas, o Sinpro entrou com um dissídio econômico junto ao Tribunal Regional do Trabalho, mas mesmo após três audiências, nenhum acordo foi alcançado.
“Diante da falta de progresso nas negociações, os professores e auxiliares decidiram pela paralisação das atividades no mês de agosto. Inicialmente, a paralisação está programada para os dias 4 e 5, mas uma nova assembleia será realizada no sábado seguinte para avaliar os resultados e decidir sobre a continuidade do protesto”, concluiu Marcelo Amorim.
Outro lado
O Portal Correio Piauiense buscou contato com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe) a fim de obter mais detalhes sobre o caso da paralisação. No entanto, até o encerramento da produção desta matéria, não houve resposta por parte do sindicato.
