Piauí registra mais de 122 mil focos de incêndio em 12 anos; Nordeste lidera ocorrências
Os incêndios no Piauí afetaram lavouras, pastagens e estruturas rurais, como galpões, armazéns.
O Piauí registrou 122.290 focos de incêndio florestal entre os anos de 2013 e 2024, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O número coloca o estado em 6º lugar no ranking nacional, atrás de regiões com maior cobertura vegetal e forte atividade agropecuária. Apesar da quantidade expressiva, os prejuízos financeiros foram relativamente baixos: R$ 242 mil em 12 anos.
No estado, os incêndios ocorreram principalmente em áreas de Caatinga, bioma caracterizado pela vegetação seca, que favorece a propagação do fogo, especialmente quando usado para limpeza de terrenos ou manejo agrícola.

Impactos para a população
Os incêndios no Piauí afetaram lavouras, pastagens e estruturas rurais, como galpões, armazéns, currais e galinheiros, gerando perdas na produção agropecuária e custos de reconstrução.
Panorama nacional
No Nordeste, foram 560.298 focos no período, enquanto o Brasil contabilizou cerca de 2,3 milhões de focos de incêndio florestal entre 2013 e 2024.
Em termos econômicos, os maiores prejuízos concentraram-se em apenas três estados:
- São Paulo: R$ 1,6 bilhão (48% do total);
- Mato Grosso do Sul: R$ 546 milhões (16%);
- Pará: R$ 377 milhões (11%).
Temporada de 2024
O ano de 2024 foi marcado por uma temporada de fogo atípica, com início precoce das queimadas, ondas de calor, estiagem prolongada e o fenômeno El Niño intensificado pelas mudanças climáticas. Só neste ano, 19,2 milhões de pessoas foram afetadas no país, o que representa 77,9% de todos os impactados nos últimos 12 anos.
Com informações da Confederação Nacional dos Municípios (CNM)*