Motoristas de ônibus rejeitam proposta e mantém greve por tempo indeterminado
A Prefeitura de Teresina anunciou repasse de R$ 1,5 milhão para pagamento de salários.
NARCÍLIO COSTAApós realização de assembleia sindical nesta sexta-feira (17) pelo Sindicato dos trabalhadores de Transporte de Teresina (Sintetro), os motoristas rejeitaram propostas apresentadas à categoria de reajuste salarial, dentre outras questões. Com a decisão, a greve dos trabalhadores segue por tempo indeterminado e ainda sem soluções efetiva para a crise do setor.
Na quinta-feira (16), a Prefeitura de Teresina anunciou o repasse de R$ 1,5 milhão para as empresas de ônibus, para o pagamento salarial dos trabalhadores visando o fim da greve em Teresina. Contudo, até o momento o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), informou que ainda não identificou o repasse anunciado e que aguarda a aporte financeiro para efetivação de pagamentos.
A crise do transporte público da capital tem afetado aos passageiros, moradores, além de diversos setores econômicos da cidade, como comércio e mobilidade urbana. Antônio Cardoso, presidente do Sintetro, destacou as principais dificuldades que os trabalhadores vêm enfrentando diariamente na capital.
“Nós estamos passando por várias situações. As empresas que operam na cidade têm vários trabalhadores que estão sem carteira assinada, com férias vencidas e trabalhadores que são contratados para trabalhar por meio período e acabam trabalhando o período inteiro. Além de irregularidades com os pagamentos dos funcionários”, disse.
Ainda na quinta-feira, uma decisão liminar proferida pela juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Teresina, Thania Maria Bastos, determinou que empresas de ônibus que operam o sistema de transporte coletivo efetuassem o pagamento de motoristas e cobradores em até 24h.
Em nota, o SETUT aponta insuficiência financeira.
"O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que as empresas estão analisando a decisão judicial e buscando a melhor forma de resolver essa situação ou recorrer da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O Setut reitera que a Prefeitura de Teresina segue devendo recursos financeiros para as empresas de ônibus e é necessário que o poder público assuma suas obrigações contratuais."
