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Moradores se queixam do acúmulo de lixo entre escola e supermercado em Teresina

A situação oferece risco a moradores, alunos e aos estabelecimentos que comercializam alimentos.


Moradores do bairro Parque Piauí, na zona Sul da capital, denunciaram o acúmulo de lixo, dentro do campo de futebol Tarcisio Lucas, localizado próximo a um restaurante, uma escola de ensino infantil, um supermercado, uma igreja e várias casas. O local é um ponto de coleta da Saad Sul, mas a quantidade de material descartado supera a capacidade do contêiner deixado no local.

Em entrevista ao Correio Piauiense, uma moradora da região afirmou que o local ficou deformado, pois os caminhões de coleta retiram grandes quantidades de areia, junto ao lixo, formando buracos que acumulam água da chuva.

Foto: Guilherme Freire/Correio PiauienseAté mesmo o contêiner posicionado no local está em condições precárias.
Até mesmo o contêiner posicionado no local está em condições precárias.

“Quando chove, o mau cheiro vem para as casas. Sem falar que ali é onde entram os carros dos professores, diretora. Não tem condição de entrar, se está atolando carros e motos, porque vem a chuva, mistura com o lixo. Está horrível”, afirmou.

O representante da Associação de Moradores do Parque Piauí, Aldo Patricio, afirma que a população também faz parte da problemática.

“Aqui deveria ter coleta seletiva. Poderia ser uma ideia, mas infelizmente até os moradores transformam o espaço, como se fosse um lixão. Às vezes, no final de semana, sabem que o carro [de lixo] não vai passar, em vez de deixar em casa e botar na porta de casa só na segunda-feira, eles já sabem que é destinado a lixo, como se fosse para jogar tudo”, comentou.

Foto: Guilherme Freire/Correio PiauienseAo retirar o lixo da região, os caminhões consequentemente retiram terra do local, desnivelando o terreno. Além do lixo, a situação traz risco à estrutura do muro.
Ao retirar o lixo da região, os caminhões consequentemente retiram terra do local, desnivelando o terreno. A situação também traz risco à estrutura do muro.

Igreja e escola

A diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luterano, Ana das Neves Brito Cardoso, afirma que a atual situação do terreno atinge diretamente a rotina das crianças que estudam na escola. “Quando as crianças estão aqui [no pátio], elas reclamam muito do mau cheiro. Aqui tem muito rato e barata, a gente tem que dedetizar o tempo todo, por conta do lixão”.

A escola é situada no terreno pertencente à Igreja Luterana de Teresina, que também é afetada pelo lixo localizado logo ao lado do prédio. A diretoria da congregação luterana, Conceição Freire, afirma que o principal acesso para os frequentadores da igreja é pelo campo, onde os dejetos estão posicionados. 

“Dificulta o acesso aos membros, no pátio, além das programações, tem a casa pastoral, que é bastante atingida, por causa do mau cheiro, até na hora das refeições”, concluiu.

Foto: Guilherme Freire/Correio PiauienseDurante nossa reportagem, um homem foi flagrado descarregando lixo e evadiu do local rapidamente.
Durante nossa reportagem, um homem foi flagrado descarregando lixo e evadiu do local rapidamente.

O outro lado
A nossa equipe tentou contato com a Superintendente de Ações Descentralizadas Sul (Saad Sul), o atual superintendente, Jeová Alencar não nos deu um retorno sobre a situação que atinge a ampliação do Parque Piauí.

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