Dia de Finados traz reflexões e homenagens em memória dos entes queridos
Uma tradição centenária de saudade, respeito e espiritualidade.
LUIS FERNANDO AMARANESHoje, em todo o Brasil, é o Dia de Finados, um momento de profunda reflexão e homenagem àqueles que já partiram. Neste dia, famílias e amigos se reúnem nos cemitérios para prestar suas homenagens, decorando túmulos com flores, acendendo velas e rezando em memória dos entes queridos que nos deixaram.
A data é uma tradição que remonta a séculos, marcada por sentimentos de saudade e respeito. É um momento para celebrar a vida daqueles que amam, relembrando os momentos felizes que compartilharam e aprofundando sua conexão com a memória e a espiritualidade.
O padre Yago Waquim, ministro das funções sacerdotais na Diaconia Territorial Nossa Senhora Virgem de Fátima, afirma que a oração pelos mortos tem base bíblica, onde em uma das passagens Judas Macabeus (2Mc, 43-46) aparece coletando sacrifícios no templo em favor de seus amigos mortos em uma batalha.
“Em seguida, organizou uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados. Belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição! Pois, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma belíssima recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento. Eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas”. (2Mc, 43-46)
“É por isso que os católicos são convidados a rezar pelos falecidos, como também ir aos cemitérios, oferecendo velas e orações, pois isso ajuda na caridade aqueles que já partiram. Ao oferecermos estas orações, nós cristãos estamos colaborando com a graça divina para que aquele irmão ou irmã que está ligado a mim através da comunhão dos santos, possa ser ajudado a obter a graça do céu”, explicou o padre.
Atualmente, as celebrações podem ser diferentes devido às circunstâncias globais. Muitos preferem seguir as tradições indo até os cemitérios, enquanto outros optam por homenagear à distância, acendendo velas em casa, fazendo orações especiais ou compartilhando lembranças nas redes sociais.
