Teresinense é resgatada de trabalho análogo à escravo em Manaus
A mulher foi resgatada após viver por 31 anos em trabalho informal.
NARCÍLIO COSTAEm Manaus, município de Amazonas, uma mulher, de 51 anos, sem identidade revelada, foi resgatada em situação de trabalho análogo à escravidão, após viver por 31 anos em trabalho informal, sem garantia de direitos trabalhistas. A investigação aponta que a mulher vivia até os 17 anos em Teresina em estado de vulnerabilidade social e com poucos recursos, quando foi convidada para morar no estado do Amazonas.
O Ministério Público do Piauí (MP-PI) entrou no caso e constatou que a vítima não teve acesso à educação básico, como ensino fundamental e tinha o nome associado como sócia de uma escola de propriedade do filho da empresária, como laranja.
Sem respeito aos direitos humanos e trabalhistas, a mulher trabalhava em troca de comida e não recebia salário mínimo, 13° salário, folgas e hora extra. São inúmeros os direitos infligidos por lei, através dos empregadores. Os donos da residência não faziam recolhimento do INSS, depósito do FGTS, dentre outros pontos.
Com a ação realizada, os empregadores tiveram que se comprometer em pagar cerca de R$ 5 mil para necessidades urgentes da vítima até o pagamento dos demais débitos trabalhistas. A empresária deve ainda transferir o título do imóvel para a empregada doméstica e repassar valor das passagens aéreas para que a empregada doméstica visita sua família no Piauí.
