IPTU, IPVA e material escolar: veja como organizar o orçamento no início do ano

O início do ano traz uma série de despesas que podem desestabilizar o orçamento familiar, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além das taxas de mensalidade e rematrícula de escolas e universidades e dos gastos com material escolar.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78% das famílias brasileiras começaram 2024 endividadas, o que reforça a necessidade de planejar as finanças.

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Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Orçamento financeiro.

Em entrevista ao Correio Piauiense, o economista Francisco Sousa explica que o planejamento financeiro é uma ferramenta essencial para enfrentar esse período. “Saber quanto você ganha e como gasta é o primeiro passo. Isso ajuda a evitar surpresas e permite que você tenha maior controle sobre o dinheiro”, afirma.

Entre as principais dicas do especialista estão:

• Anotar todas as receitas e despesas: Isso pode ser feito em um caderno, planilha ou aplicativo de celular. O importante é ter clareza sobre para onde o dinheiro está indo.
• Priorizar gastos essenciais: Identificar despesas que podem ser adiadas ou reduzidas, como itens supérfluos.
• Criar uma reserva de emergência: Guardar uma parte do dinheiro, mesmo que seja pouco, ajuda a enfrentar imprevistos.
• Aproveitar descontos: Impostos como o IPVA e o IPTU costumam oferecer descontos para pagamento à vista. Avaliar se essa é a melhor opção pode gerar economia.

Outro ponto importante, segundo o economista, é ter disciplina. “Organizar as finanças é apenas o primeiro passo. O mais difícil é manter o controle e seguir o planejamento ao longo do ano”, alerta.

Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que 60% dos brasileiros não têm o hábito de registrar os gastos. Isso dificulta a identificação de despesas desnecessárias e compromete o equilíbrio financeiro. O especialista ressalta ainda que começar o ano com um planejamento detalhado pode fazer a diferença.

Os endividados, por sua vez, precisarão descobrir os tipos de dívidas que têm para então diagnosticar se elas são saudáveis ou prejudiciais. Para isso, é preciso entender quanto do orçamento já está comprometido com esses débitos e avaliar os riscos de um possível calote.