Piauí registra 21 internações por nova variante XFG da Covid-19
Cepa é uma ramificação da ômicron, atinge jovens e provoca alteração temporária na voz.
O Piauí já registra 21 internações pela nova variante da Covid-19, chamada XFG, identificada como uma ramificação da ômicron. Conhecida como “variante da rouquidão”, ela provoca distúrbios temporários na voz e outros sintomas, como cansaço, falta de ar e perda de olfato e paladar.
A circulação da cepa foi confirmada pelo Lacen, em parceria com a Fiocruz Piauí, após análise genética. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XFG como “variante sob monitoramento”.
Os dados indicam que a cepa tem atingido principalmente homens de 15 a 39 anos, público em idade produtiva. Apesar das internações, até agora nenhum caso evoluiu para quadro grave ou morte.
“Mais dor de garganta e voz rouca”, diz pesquisador da UFPI
Em entrevista ao Correio Piauiense, o professor Osmar de Oliveira Cardoso, vice-coordenador do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da UFPI, explicou que a XFG já foi detectada em São Paulo, Fortaleza e, mais recentemente, no Piauí.
“Apesar de ser uma variante um pouco diferente, ela não foge muito das outras que já circularam. Os sintomas mais comuns são dor de garganta, garganta seca e rouquidão. Para quem tem comorbidades, pode representar risco maior”, disse.
Ele reforçou medidas de prevenção. “A primeira coisa é vacinar. A vacina está disponível nas unidades de saúde e continua sendo essencial. Além disso, lavar bem as mãos, evitar aglomeração e, se tiver sintomas, usar máscara para proteger idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas", explicou.
Situação no estado e no mundo
Além do Piauí, a XFG já foi identificada em 38 países. Os sintomas incluem febre, tosse, dores musculares, diarreia, náuseas e falta de ar, além das alterações temporárias no olfato, paladar e voz.
O professor Osmar alertou que, apesar do aumento recente, a tendência é que a circulação diminua com o tempo. “Como as outras cepas, ela vem, se espalha e depois perde força. Mas até lá, é preciso cuidar da própria saúde e pensar na proteção dos outros", finalizou.
Com informações de Suzana Moreno*