Piauí avança na luta contra a febre aftosa e atinge 97% no índice de vacinação
O estado já está há 27 anos sem casos registrados da doença.
O Piauí vem conseguindo bons resultados na luta contra a febre aftosa, uma das doenças contagiosas que mais atingem os animais como bovinos, caprinos, ovinos e suínos. Entre os avanços, está o número de 97,3% de índice de cobertura vacinal.
Os índices de vacinação de 2023 são os melhores desde 2015, 213 municípios do Piauí atingiram o números acima da meta com 95%. As três cidades mais bem colocadas na estatística são Castelo do Piauí, Santa Cruz do Piauí e Altos.
De acordo com o Secretário Estadual de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária, Fábio Abreu, o resultado é de grande importância para o Piauí, que poderá comercializar com outros estados já livres da doença.
“O Piauí está pleiteando se ver livre da aftosa, porém, com vacinação. Estados como Maranhão, Tocantins, Bahia e outros que já estão nessa classificação, impedem qualquer tipo de comercialização com estados que ainda tem classificações de vacina”, afirmou.
O estado deve apresentar ao Ministério da Agricultura, os critérios necessários para inclusão na classificação de estado livre da doença. Uma das atividades, que devem ser feitas em breve, é a criação de um fundo para indenizar criadores no caso de eventos adversos em que os animais tenham que ser sacrificados e indenizados
Na prática
A coordenadora do programa de vigilância da febre aftosa, Simone Lima, pontuou que os criadores devem continuar vacinando, declarando as vacinas, entre outras metas.
“Desde 1997 que a gente não registra nenhum caso de febre aftosa e a gente tem essa ação de vigilância, os criadores são vigilantes também. Qualquer suspeita de animal babando ou mancando, eles têm que notificar o órgão de defesa, que é a ADAPI. Notificando, os servidores se deslocam até a propriedade para verificar e fazer exames”, comentou.
As vacinas para febre aftosa devem continuar em maio e novembro deste ano, porém, com uma resposta positiva do Ministério da Agricultura, uma das vacinas será adiantada para abril e a segunda será cancelada.
Flash - Luis Fernando Amaranes