No Brasil, Janeiro Branco 2023 pede equilíbrio e inteligência emocional

Ano novo começa com conscientização e incentivo aos cuidados com a saúde mental.

A campanha Janeiro Branco foi criada em 2014 pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão Pires Rezende e chama atenção para temas relacionados à saúde mental. Data pensada pelas novas expectativas e metas para o ano que inicia, mais especificamente por sinalizar o início do ano uma nova reflexão de planejamentos atrelados à prática da saúde mental e aos cuidados com as emoções. Estratégia que chama atenção das pessoas para um novo ciclo de forma mais saudável, tranquila, além de cuidar das emoções que iniciam.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o Brasil é o segundo país no mundo com pessoas em situação depressiva, aproximadamente 5,8%, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Mundialmente 4,4% das pessoas sofrem com problemas relacionados à depressão, no Brasil há ainda dados sobre ansiedade em que 9,3%  sofrem com o transtorno. Dados esses que cresceram durante o período da pandemia de COVID -19 para 25%.

Foto: Ascom
Janeiro Branco

Recomendações feitas pela Fiocruz- A Fundação Oswaldo Cruz para poder passar pelos transtornos dos problemas mentais, cita alguns como: conversar sobre o assunto com pessoas de confiança e reconhecer o momento depressivo, manter atividades socioafetiva sejam elas virtuais ou presenciais com amigos e familiares, utilizar-se de robys ou estratégias para evitar sensações de stress como meditação, leitura, artesanato, Evitar o uso do cigarro, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções; e claro o uma das práticas mais recomendadas Investir em exercício de respiração e também nas atividades físicas. 

É uma das práticas que o Nutricionista, Antônio Alves, alia a sua vida para manter, tanto a saúde física como a mental em dia.  “Sou nutricionista  e tenho hipertensão, por isso, minha rotina de vida já requer cuidados e a atividade física já faz parte do meu cotidiano. Estou sempre atento à alimentação, faço sempre caminhadas leves sem passar dos meus limites, é algo já incluso na minha rotina, uma boa noite de sono também lhe ajuda bastante e isso vem me trazendo benefícios físicos e mentais”, detalhou o profissional.

Foto: Luís Fernando Amaranes/ Correio Piauiense
Nutricionista Antônio Alves

Neste ano a campanha é ”Janeiro Branco: A vida pede equilíbrio”, que tem como temática as mudanças cada vez mais desafiadoras e aceleradas exigindo das pessoas novas atitudes, habilidades e novos talentos e claro a mudança de comportamento. A campanha prevê o equilíbrio entre essas novas habilidades e talentos, saúde mental e a inteligência emocional. Salienta ainda a necessidade de ajuda, quando diz que para se ter inteligência emocional em dia é preciso pessoas ao seu lado para enfrentar os transtornos emocionais. 

O janeiro branco uma campanha bem vista pelos profissionais da área da psicologia como relata à psicóloga Silvina Oliveira, quando diz que é uma campanha significativa, pois traz informes importantes sobre saúde mental, sendo um dos cuidados mais importantes.

Foto: Reprodução/Instagram
Psicóloga Silvina Oliveira

“A humanidade precisa ter saúde mental, para organizar seus projetos, suas idealizações.Por vezes os planos não são concretizados e causam frustrações que levam a distúrbios mentais, e essas campanhas trazem pra gente e catalogam a quantidade de pessoas que vem sofrendo  com esses problemas, de acordo com as organizações que tratam de saúde no mundo os casos de depressão e ansiedade aumentam mais, e dizem ainda que até o ano de 2030 esses números serão bastante significativos, por isso campanhas de conscientização da  tão importante para a diminuição desses estatísticas”, contou a psicóloga.

Silvina reitera ainda cuidados inerentes para que se possa manter um equilíbrio da saúde mental. “Primeiramente cuidar do nosso organismo, da nossa alimentação, ter muito cuidado com o eu a gente come, com que se bebe, com as atividades físicas, com o eu a gente lê, com os materiais que a gente consome. Tudo isso é importante para se ter um processo de autocuidado que funcione, e claro de autoconhecimento. Sem esquecer a ajuda profissional de um psicólogo, nutricionistas ou psiquiatra se for necessário, ou seja, é preciso levantar informações pra gente se cuidar”, finaliza a profissional.

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