Exames descartam casos suspeitos de Febre Maculosa em Teresina, afirma FMS

A maior concentração de casos é observada nas regiões Sudeste e Sul do País.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina confirmou, em comunicado divulgado nesta quinta-feira (22), que os exames laboratoriais de dois casos suspeitos de Febre Maculosa Brasileira (FMB) na região foram descartados para a doença. A FMS, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), vinha monitorando esses casos e aguardando os resultados dos exames.

Embora Teresina não seja considerada uma área endêmica para a FMB, a vigilância em relação à doença permanece constante, de acordo com a nota enviada à imprensa pela FMS. A Febre Maculosa Brasileira é uma doença transmitida por carrapatos infectados, e é fundamental que as autoridades de saúde estejam atentas a qualquer suspeita para prevenir a disseminação da doença.

Foto: Reprodução/ Internet
No Brasil, já foram confirmados 53 casos da doença.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 14 de junho, foram registrados no estado de São Paulo, somente este ano, 12 casos da doença. Dentre esses diagnósticos, quatro evoluíram para cura, seis resultaram em óbito e dois continuam em investigação. No Brasil, a FMS informa que já foram confirmados 53 casos da doença, sendo que oito deles resultaram em óbito. A maior concentração de casos é observada nas regiões Sudeste e Sul, e, de maneira geral, ocorrem de forma esporádica.

Cuidados

Em entrevista à TV Correio Piauiense, a infectologista Elna Amaral, explica que a doença não é transmissível diretamente entre as pessoas, mas sim através da picada do animal.

“A febre maculosa é uma doença infecciosa, aguda, grave, causada pela bactéria Rickettsia, Rickettsia. Uma bactéria que só é transmitida pela picada de carrapato, ou seja, não passa de uma pessoa para outra e nem de animais para pessoas. O carrapato precisa estar infectado para fazer essa transmissão e é muito encontrado em carrapatos maiores, chamados de carrapatos estrelas que é muito comum em bois, capivaras e animais silvestres de médio e grande porte. Por isso, que passeios como fazendas, ecoturismo pode levar a exposição a esse carrapato que tenha essa infecção”, explicou.

Como a doença tem uma evolução grave, o diagnóstico precoce pode ser decisivo para a cura. Aos primeiros sintomas como febre, manchas no corpo, dores, vômitos é necessário buscar uma ajuda médica.

“O tratamento iniciado no tempo oportuno pode salvar vidas. Então é muito importante que se a pessoa for picada pelo carrapato, já fique atenta aos desenvolvimentos dos sintomas que podem acontecer nos próximos 14 dias, após a picada. A grande maioria das pessoas picadas pelo carrapato não vão ter sintomas nenhum. Mas se começarem a sentir dores de cabeça, febre e dor no corpo a pessoa deve procurar um serviço de saúde mais próximo”, concluiu.

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