Campanha de vacinação para crianças e adolescentes começa em Teresina

A ação tem o propósito de reverter os baixos níveis de cobertura vacinal.

Começou nesta terça-feira (03) a abertura da Campanha Nacional de Multivacinação em Teresina, com o objetivo de atualizar a carteirinha de vacinas de crianças e adolescentes até 15 anos. Todas as vacinas que fazem parte do calendário de rotina para crianças e adolescentes estarão disponíveis. A ação seguirá até o dia 14 de outubro.

De acordo com a Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), no calendário da criança, estão previstas 14 vacinas, tais como BCG, Hepatite B, Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e poliomielite), Pólio inativada (VIP), Pólio oral (VOP), Rotavírus, Pneumocócica 10 valente, Meningocócica C Conjugada, Febre Amarela, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana) e Hepatite A.

Foto: Reprodução/ Ascom
Campanha tem como objetivo atualizar calendário de vacinação de quem tem até 15 anos.

A Coordenadora de Campanha da Multivacinação da FMS, Emanuele Dias, destacou que os pais e responsáveis devem buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Os imunizantes estão sendo oferecidos tanto no turno da manhã quanto à tarde.

“A gente vai ofertar vacina da meningite, contra poliomielite, contra sarampo, vacina da pneumonia. São diversas vacinas que compõem HPV, para adolescentes, então todas essas vacinas vão ser ofertadas em todas as Unidades Básicas de Saúde”, ressaltou a coordenadora.

Foto: Luis Fernando Amaranes/ Correio Piauiense
Antonia Costa e suas filhas.

A dona de casa Antonia Costa trouxe suas filhas, Lívia Maria, de 9 anos, e Juliana, de 11 anos, para atualizar suas vacinas. "Hoje eu trouxe elas para colocar em dia a vacinação. Sempre fico de olho nas vacinas. É a melhor maneira de prevenir doenças", disse.

Para a vacinação, é necessário apresentar o CPF ou o cartão do SUS. Os responsáveis que possuírem o cartão de vacinação de seus filhos devem levá-los para identificar possíveis esquemas de vacinação que não foram completados.

Queda na vacinação

O representante do Ministério da Saúde, Éder Gatti, explicou ao Correio Piauiense que o Brasil está enfrentando uma queda na cobertura vacinal, o que pode provocar o ressurgimento de doenças que já foram eliminadas ou controladas.

“Vacinas de rotina protegem contra doenças que nós já eliminamos como paralisia infantil, sarampo, rubéola, e outras doenças que nós já controlamos como a meningite. Existe o risco de essas doenças voltarem se as coberturas vacinais continuarem baixas, então a gente está em um esforço nacional para recuperar essas coberturas”, destacou Éder.

Gatti também afirmou que a meta do Ministério da Saúde para este ano é reverter a tendência de queda na taxa de vacinação, visando atingir números melhores nos próximos anos. O número ideal para os índices de vacinação é definido como estando entre 90% e 95%. Para alcançar essa meta, serão fornecidas às prefeituras ferramentas de microplanejamento para aprimorar a vacinação na atenção primária, bem como recursos adicionais para fortalecer a rotina de vacinação.

Política X Saúde: Movimento Antivacina

O diretor do Programa Nacional de Imunizações destacou o movimento antivacina como uma das causas da redução dos índices de vacinação. De acordo com Gatti, os números vêm mostrando uma queda progressiva desde 2016.

“O movimento antivacina ganhou muita força durante a pandemia, pois a vacina acabou sendo muito explorada politicamente. Isso é ruim, pois começa a atacar a confiança das pessoas na vacinação. O Brasil sempre teve um programa de vacinação muito forte, o PNI, mas infelizmente, existe esse ataque coordenado, com intenções econômicas, intenções políticas”, concluiu.

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