Anvisa suspende detergente Ypê por risco de contaminação microbiológica

Mais de 360 lotes do detergente devem ser retirados das vendas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a comercialização, distribuição e uso de mais de 360 lotes do detergente Ypê devido a um possível risco de contaminação microbiológica.  A medida foi anunciada na terça-feira (7), através da resolução 1.726, publicada no Diário Oficial da União.

Todas as versões do produto fabricadas entre os meses de julho, agosto, setembro, novembro e dezembro de 2022 devem deixar de ser comercializados. A decisão foi tomada após a própria empresa responsável pela produção do detergente, a Química Amparo, comunicar à Anvisa sobre o recolhimento voluntário dos lotes em questão. 

Foto: Divulgação/ Ascom
Detergentes Ypê devem ser retirados das vendas.

Segundo a agência reguladora, a suspensão se deve a um desvio nos resultados de análises de monitoramento de produção que indicam um possível risco. A Química Amparo emitiu uma nota sobre o assunto, afirmando que o controle de qualidade da própria empresa já havia identificado os lotes problemáticos e iniciado o recolhimento voluntário há mais de um mês, comunicando a Anvisa conforme as diretrizes do órgão.

A empresa afirmou que, em alguns lotes específicos, foi identificada a possibilidade de descaracterização no odor do detergente, o que pode ser percebido pelo olfato, embora não represente risco à saúde ou segurança do consumidor.

A Anvisa reforça a necessidade de consultar a lista completa de lotes afetados, disponível no Diário Oficial da União, para verificar se produtos em uso estão entre os lotes suspensos. Os consumidores que possuírem os produtos dos lotes afetados devem entrar em contato com a Química Amparo, para obter orientações sobre o recolhimento ou a substituição dos produtos. 

Confira a nota oficial da empresa 

“A Química Amparo informa que os lotes de produtos apontados pela publicação da Anvisa, já haviam sido detectados pelo controle de qualidade da própria empresa que iniciou o recolhimento voluntário dos itens há mais de um mês e comunicou à agência reguladora, em conformidade com as diretrizes do próprio órgão.

Após uma rigorosa análise interna identificou-se, em alguns lotes específicos, a possibilidade de descaracterização em seu odor tradicional, sem risco à saúde ou segurança do consumidor, porém, em alguns casos perceptível ao olfato.

Importante destacar que não há proibição de comercialização do produto e sim o bloqueio e recolhimento exclusivamente dos lotes específicos indicados na ação voluntária proposta pela própria empresa”.

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