Reforma do Ensino Médio é aprovada, muda carga horária e torna Espanhol optativo
Câmara aprova mudanças que entram em vigor em 2025.
O que muda com novo ensino médio em 2025? A última versão da reforma do Novo Ensino Médio foi aprovada pela Câmara nesta terça-feira (09). A medida, relatada pelo deputado Mendonça Filho (União-PE), amplia a carga horária de disciplinas tradicionais como Matemática e Português, e torna o Espanhol uma disciplina optativa.
A carga horária total do ensino médio será de pelo menos 3 mil horas, divididas em dois grupos:
- 2,4 mil horas: currículo comum a todos os alunos, abrangendo disciplinas tradicionais como Português, Matemática, Química, Física, História e Geografia. Esses conteúdos estão definidos na Base Nacional Comum Curricular.
- 600 horas: itinerários formativos, onde os alunos escolhem entre áreas como Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e da Natureza. O Conselho Nacional de Educação definirá esses currículos, com cada escola pública oferecendo pelo menos dois itinerários e as escolas privadas tendo liberdade de escolha.
Para o ensino técnico, a carga horária também será de 3 mil horas, divididas em dois grupos:
- 2,1 mil horas: Formação geral básica comum a todos os alunos.
- 900 horas: Formação específica em uma profissão, podendo chegar a 1,2 mil horas em cursos que demandem mais tempo. Parte das horas da formação geral básica será aproveitada para o ensino profissionalizante.
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) será ajustado a partir de 2027, para se adequar às mudanças. As provas irão cobrar conteúdos da formação geral básica e dos itinerários formativos, com cada dia do exame focando em diferentes partes do currículo.
Reforma do Novo Ensino Médio
A reforma do Novo Ensino Médio se tornou uma pauta prioritária no Ministério da Educação (MEC) após pressão de professores, alunos e especialistas, que criticaram o modelo criado em 2017 e implementado a partir de 2021.
As principais críticas eram a diminuição das disciplinas tradicionais e a inclusão de conteúdos sem relevância acadêmica. O novo projeto visa eliminar essas distorções e permitir que os alunos escolham áreas de conhecimento com foco em conteúdos relevantes.