PF cumpre mandados em 4 estados para investigar ataques cibernéticos à UFPI
Grupo hacker é suspeito de invadir outras universidades além da UFPI.
(Matéria atualizada às 12h26)
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (9), a Operação Hackback para investigar ataques cibernéticos realizados contra a Universidade Federal do Piauí (UFPI). Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em São João do Piauí (PI), Formosa (GO), Santo André (SP) e Parauapebas (PA). A operação visa identificar os responsáveis pelos ataques que ocorreram em 2024.
Segundo a PF, o primeiro ataque aconteceu em maio de 2024, quando o site oficial da universidade foi invadido. A página passou a exibir mensagens críticas ao governo federal e à própria UFPI, assinadas por um suposto hacker identificado como “tr4shindex”. A invasão ocorreu um dia após estudantes ocuparem a reitoria da universidade em protesto por melhorias na infraestrutura do campus de Teresina.
O delegado Eduardo Monteiro, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da PF, informou que o ataque foi encomendado por um manifestante que pedia mudanças na instituição, mas não confirmou se o responsável era estudante da UFPI. "O ataque foi encomendado para expressar o desejo de melhorias na universidade", disse o delegado.
Dois meses depois, em julho, um segundo ataque derrubou parte dos serviços digitais da UFPI, causando instabilidade nos sistemas da instituição. O delegado confirmou que o segundo ataque foi realizado pelo mesmo grupo. “O segundo ataque desindexou o site da UFPI, redirecionando-o para outra página. Foi uma forma de zombar da instituição”, explicou Monteiro.
A PF informou que os suspeitos do ataque estão sendo investigados também por invasões em outras universidades. A operação tem como objetivo localizar e prender os responsáveis pelos crimes.