Mulher acusada de matar crianças com cajus é solta após novo laudo
Lucélia Maria foi presa em agosto de 2024, mas a Justiça decidiu libertá-la.
A Justiça do Piauí concedeu liberdade a Lucélia Maria da Conceição Silva, acusada de envenenar com cajus os irmãos João Miguel Silva, de 7 anos, e Wlices Gabriel Silva, de 8 anos. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (13), depois de um novo laudo de toxicologia que confirmou a ausência de veneno nas frutas dadas às crianças. Lucélia estava presa desde agosto de 2024 e agora se encontra em liberdade.
Lucélia declarou que sempre acreditou em sua inocência e que, além de sua família e advogado, ninguém mais acreditava nela. “Sou inocente. Sempre fui inocente. Estou sentindo agora muito alívio”, afirmou.
A investigação inicial apontava que Lucélia havia envenenado os cajus que deu às crianças. No entanto, o laudo divulgado no dia 9 de janeiro de 2025 não encontrou veneno nos cajus, o que fez com que as investigações fossem reabertas.
Além do caso das crianças, a família das vítimas sofreu outro envenenamento no início deste mês, quando a mãe, dois irmãos e um tio morreram após comerem baião de dois envenenado. Francisco de Assis da Costa, padrasto da mãe das crianças, foi preso como principal suspeito por esse envenenamento.
O Secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, reconheceu o erro na primeira perícia, que havia apontado veneno nos cajus. Ele explicou que o Piauí não tinha um laboratório de toxicologia até 2024, quando um novo laboratório foi inaugurado. A falta de reagentes importados atrasou os testes.
Embora Lucélia tenha sido libertada, as investigações seguem para esclarecer o que realmente aconteceu com as mortes das crianças e os outros membros da família.
A Polícia Civil do Piauí e o Ministério Público continuam apurando os fatos.