Justiça concede liberdade provisória a idosa suspeita de envenenar crianças

Lucélia Maria da Conceição Silva, de 70 anos, foi presa em agosto de 2024.
Redação

A justiça do Piauí concedeu, nesta segunda-feira (13), liberdade provisória a Lucélia Maria da Conceição Silva, de 70 anos, acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba, no litoral do estado.

A idosa estava presa desde agosto de 2024, após ser acusada de ter oferecido cajus envenenados a João Miguel, de 7 anos, e Ulisses Gabriel, de 8 anos, que apresentaram sintomas de envenenamento e foram internados no Hospital Dirceu Arcoverde.

Foto: Reprodução/ PC-PI
Justiça concede liberdade a idosa acusada de envenenamento.

No entanto, um novo laudo pericial, liberado em 09 de janeiro de 2025, descartou a presença do veneno terbufós, também conhecido como chumbinho, nos cajus fornecidos pela idosa. A substância encontrada em sua casa, semelhante à que estava nos corpos das crianças, foi apontada como um possível erro nas investigações.

A defesa de Lucélia, por meio do advogado Sammai Cavalcante, informou que a juíza responsável pelo processo determinou a revogação da prisão preventiva e a concessão da liberdade provisória.

Lucélia negou as acusações desde o início da prisão. A polícia encontrou em sua residência outras substâncias, como deltametrina, usada para combater piolhos e ácaros, mas nenhum indício de que ela tenha realmente envenenado as crianças.

Após sua prisão, a situação de Lucélia gerou revolta na comunidade, que chegou a incendiar a casa da idosa em Parnaíba.

Novo caso de envenenamento 

Além do caso de Lucélia, um novo episódio de envenenamento na família das crianças também está sendo investigado. No início de janeiro de 2025, nove pessoas da família de João Miguel e Ulisses Gabriel foram envenenadas após consumirem baião de dois. Quatro delas não resistiram e faleceram. 

O padrasto de uma das vítimas, Francisco de Assis da Costa, foi preso como suspeito de ser o responsável pelo envenenamento. A polícia investiga se existe algum vínculo entre os dois casos.

Apesar da liberdade provisória concedida a Lucélia, o caso segue em investigação, e a polícia tenta esclarecer os detalhes dos envenenamentos.

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