UFPI adere à paralisação nacional dos servidores públicos federais; entenda
O Governo Federal estaria negando uma negociação das condições salariais e de trabalho.
Na manhã desta terça-feira (07), servidores e docentes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) iniciaram uma paralisação, aderindo à campanha nacional de paralisação dos servidores públicos federais. O ato tem como objetivo chamar a atenção para a defasagem salarial e as condições de trabalho dos profissionais.
Em entrevista ao Correio Piauiense, a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) e professora da área de política educacional, Marli Clementino Gonçalves, afirmou que a paralisação é uma estratégia de diálogo com a sociedade.
"O Governo tem protelado as negociações quanto às condições salariais e as condições de trabalho. Acreditamos que, através desse diálogo com a sociedade, o Governo e o Congresso, conseguiremos estabelecer a mesa de negociação nacional de forma a obter uma proposta do Governo para incluir no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)", pontuou a professora.
Recomposição Salarial
De acordo com a professora Dra. Juliana Teixeira, diretora de imprensa e divulgação da Adufpi, os servidores reivindicam uma recomposição salarial de 39%. "Nos últimos seis anos, nada foi concedido. Este ano, conseguimos 9%, mas não há percentual em negociação com o governo para 2024", comentou.
As reclamações não se limitam apenas a 'questões salariais'
Segundo Juliana Teixeira, as reivindicações também abrangem condições de trabalho, incluindo a falta de equipamentos básicos em sala de aula, como data-show e ar condicionado. Há também uma sobrecarga de trabalho que praticamente inviabiliza a realização do tripé da Universidade, que engloba ensino, pesquisa e extensão, além do adoecimento físico e mental dos servidores.
A Adufpi informou que a paralisação deve durar cerca de 48 horas no estado.