SETUT diz que passagem pode chegar a R$ 7,10 sem subsídio da Prefeitura

O valor equivaleria ao aumento de 77,5% sob a tarifa atual de R$ 4 reais.

Novo ano, nova tarifa de ônibus? Essa é uma preocupação de todos os passageiros do transporte público de Teresina e que necessitam utilizá-lo diariamente até o seu destino. Segundo cálculos técnicos realizados pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), o custo da passagem atualmente pode chegar a ser de R$ 7,10 sem aporte financeiro da Prefeitura.

De acordo com o levantamento, o preço atual cobrado ao passageiro de R$ 4,00 está congelado desde 2020 e os custos do sistema vêm aumentando ao longo dos anos.

Foto: Ascom
Vinícius Rufino

"A grosso modo, a tarifa para cobrir o custo estaria na faixa de aproximadamente R$ 7,10. Ou seja, hoje temos R$ 3,10 de diferença do que se paga hoje de tarifa pelo usuário, para o que deveria ser e o sistema não  precisasse de subsídios dos poderes públicos. A grande questão é de retração do valor da tarifa - a medida que o custo do sistema aumenta, isso deveria ser subsidiado e  é prerrogativa do contrato de concessão dos consórcios com a Prefeitura, de que ela deve cobrir da diferença dos valores - considerando que a Prefeitura é que tem o poder de decidir o valor da tarifa ao usuário", informa Vinícius Rufino, coordenador técnico do SETUT.

Maria Luzia Sousa, usuária do transporte coletivo, relata que seria um absurdo um aumento como esse. "Espero que isso não aconteça, pois já é difícil pegar um ônibus e com aumento de tarifa como essa fica muito mais complicado. Infelizmente, o passageiro é quem sofre com esse impasse entre os empresários e a Prefeitura ", relata a auxiliar de cozinha.

Foto: Ascom
Ônibus em Teresina

Segundo o SETUT, o débito da Prefeitura com as empresas já chega a R$ 65 milhões somente em 2022. "Para manter o sistema atualmente é necessário aportes de R$ 5,5 milhões/mês. Esse valor é subsídio contratual por parte da prefeitura, para cobrir: 2/3 da passagem do estudante (só pagam R$1,35 dos R$4 ); gratuidades municipais; segunda parte da tarifa da integração (R$4,00); diferença da tarifa calculada (hoje está em (R$ 7,10) para a tarifa autorizada pela Prefeitura (R$4,00)", afirma Vinícius Rufino.

Leia também