Mais de 200 pessoas participam de ato contra morte de Janaína Bezerra

"A nossa revolta é muito grande e vamos lutar por justiça", disse uma professora.

Em ato de protesto, revolta e emoção, mais de 200 alunos da Universidade Federal do Piauí (UFPI), servidores e amigos de Janaína Bezerra se uniram nesta segunda-feira (30) para portestar pela falta de segurança na instituição e pela morte brutal e precoce da jovem estudante de jornalismo, vítima de estupro e feminicídio. A vigília aconteceu em frente ao prédio da Reitoria da UFPI, onde os alunos utilizaram cartazes, velas e flores.

Iara Campos, estudante da UFPI, relata que como mulher se sente insegura dentro da instituição e pede providências. "Sempre é relatado questões de insegurança e, infelizmente, a movimentação ela só vem quando uma fatalidade acontece. Essa violência nos afeta, porque agride todos os alunos, toda a comunidade da Universidade Federa. É muito triste!", disse.

Foto: Luís Fernando Amaranes/ Correio Piauiense
Protesto na UFPI

Emocionada, a professora da UFPI, Lívia Barroso, afirma que a estudante Janaína Bezerra era sua aluna e que sempre foi muito dedicada em sala de aula.  "A Janaína, na qual chamávamos de Jana, ela sempre foi muito dedicada. Eu fui professora dela no semestre passado, na disciplina praticada de radiojornalismo, ela sempre se envolveu muito nas atividades em grupo, fez locução, uma menina muito sonhadora e que seguia as atividades da universidade de forma muito ativa. Esse é um momento sobretudo de revolta, a gente perdeu uma menina de 22 anos, que tinha todos os planos e sonhos possíveis. Toda uma vida pela frente e o pior de tudo, que foi assassinada dentro da universidade, um espaço que é de conhecimento, cheio de sonhos, uma dor muito grande", afirma. 

Foto: Luís Fernando Amaranes/ Correio Piauiense
Ato na UFPI

Ainda emocionada, a professora reforça que a justiça precisa ser feita e que Janaína é mais uma mulher vítima do mundo machista."A Jana é mais uma vítima, uma vida que foi ceifada por esse mundo machista, misógino e que acaba com a vida de mulheres, principalmente as mulheres pretas. A nossa revolta é muito grande e vamos lutar por justiça!", lamenta Lívia Barroso.

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