Caos: funcionários denunciam falta de insumos no Hospital em Campo Maior

Funcionários do Hospital Regional de Campo Maior (HRCM) estão denunciando a falta de insumos, descumprimento de cargas horárias e piso salarial na Santa Casa de Misericórdia, em Campo Maior, a 79 km da capital Teresina.

Em contato exclusivo com o Correio Piauiense, um dos funcionários, que preferiu não se identificar, afirmou que a instituição de saúde está operando sem seringas de 20 ml, álcool 70%, e soro fisiológico para a administração de medicamentos.

Ele destacou a escassez desses materiais e a dificuldade enfrentada pelos médicos para adequar os tratamentos devido à falta de recursos básicos. “Aqui só tem álcool em gel para todos os procedimentos. Álcool líquido 70% não temos há 2 semanas, e há mais de três semanas estamos sem seringas de 20 ml, além da falta de medicamentos. Médicos estão tendo que modificar medicações, pois o hospital não tem soros para a diluição dos medicamentos”, afirmou o anônimo.

Além da falta de insumos, o funcionário também apontou irregularidades nas condições de trabalho, incluindo carga horária e piso salarial. Ele relatou que a carga horária está sendo excedida e que o piso salarial não está sendo pago conforme o previsto.

“Poucas pessoas para trabalhar, estamos cumprindo 44 horas semanais, mas eles alegam que são 36 horas. Apenas os concursados trabalham um dia e folgam dois. Não recebemos o retroativo do piso, e o piso não está sendo pago”, finalizou. 

Outro lado

Por meio de uma nota enviada à nossa equipe, a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes (SCMC), responsável pela gestão do Hospital Regional de Campo Maior (HRCM), alegou que as denúncias são falsas.

Confira a nota:

A Santa Casa de Misericórdia de Chavantes (SCMC), gestora do Hospital Regional de Campo Maior (HRCM), esclarece que as informações sobre falta de insumos, desassistência e descumprimento de carga horária de trabalho são inverídicas. 

Trabalhamos com as respectivas cargas horárias previstas em nossa Convenção Coletiva de acordo com a CLT. Conforme repassado pela SESAPI, por meio do Governo Federal, estamos realizando os complementos alusivos ao novo piso da enfermagem.  

Quanto a falta de insumos, não procede. As compras hospitalares são dinâmicas e quando há falta de um determinado insumo pelos fornecedores, o item é substituído por outro produto similar, seguro, já previsto em protocolo, a exemplo das seringas relatadas pela reportagem.  Nenhuma das substituições afetam a assistência. 

A SCMC preza pelo atendimento humanizado aos seus pacientes e trabalha atendendo a Convenção e a CLT para com seus colaboradores, ao tempo que lamenta a disseminação de informações inconsistentes.

Edição de texto - Luis Fernando Amaranes