Alunos perdem aulas e provas após grevistas bloquearem passagem na UFPI

Alunos haviam recebido notificações de que o único efeito da greve seria a não abertura do RU.

Na manhã desta terça-feira (30), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Piauí (SINTUFPI) realizou uma assembleia em frente ao Restaurante Universitário Central de Teresina. Durante a ação, os grevistas bloquearam as cancelas de acesso para as salas. A greve já dura 15 dias. 

Em entrevista ao Correio Piauiense, a estudante de medicina, Camilla Lima, afirmou que os alunos haviam recebido notificações de que o único efeito da greve seria a não abertura do Restaurante Universitário (RU), e que o bloqueio das cancelas de acesso do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e do Centro de Ciências da Natureza (CCN) atrasou várias programações.

Foto: Reprodução/ Ascom
Alunos perdem aulas e provas após grevistas bloquearem passagem na UFPI.

“Trancaram o portão que dá acesso a universidade, pela rua Dirce Oliveira e trancaram a cancela que dá acesso às aulas do CCN e do CCS. Isso impactou nas atividades dos cursos do CCN e do CCS. Por volta de 06h50, pessoas com as camisas da greve informaram que não iriam permitir a passagem de carros”, afirmou a estudante.

Entre as programações, estavam provas e aulas. Algumas das programações foram canceladas, outras foram realizadas online. “Além disso, ficou a segurança, porque eles estão fechando e não sabemos a proporção que a greve pode tomar”, pontuou a estudante.

O outro lado

O SINTUFPI informou que não tem obrigação de informar o bloqueio e manifestações que ocorrem dentro do campus.

“As manifestações são válidas e a Universidade sabe que o SINTUFPI está em greve. Algumas medidas devem ser tomadas para chamar a atenção da sociedade”, afirmou a assessoria do sindicato, que reiterou que os portões foram abertos às 09h da manhã.  

A greve da UFPI integra uma onda de paralisações nacionais, em busca de valorização dos servidores e reajuste salarial. 

De acordo com o SINTUFPI, a proposta de reajuste salarial apresentada aos técnicos-administrativos em educação é de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Contudo, conforme o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), para este ano, não há espaço para aumentos.

A categoria dos técnico-administrativos em  educação rejeitou a proposta, considerando-a insuficiente para atender as demandas e necessidades dos profissionais. Diante disso, foi decidido pela manutenção da greve como forma de reivindicar melhores condições e reconhecimento para a categoria.

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