Ministério da Saúde lança campanha contra cigarros eletrônicos; saiba mais
A iniciativa visa proteger crianças e adolescentes dos perigos do tabagismo.
Foi lançada em todo o Brasil, uma campanha nacional de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos, em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco 2024, que será comemorado nesta sexta-feira (31). A campanha destaca a necessidade de proteger as crianças contra a influência da indústria do tabaco. A ação é realizada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde apontam que a introdução precoce ao tabagismo é frequentemente impulsionada pelos cigarros eletrônicos e por informações enganosas disseminadas pela indústria do tabaco. Segundo o ministério, crianças e adolescentes que usam esses dispositivos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros tradicionais no futuro.
A campanha utiliza uma linguagem jovem para promover mudanças de comportamento e conscientizar sobre as estratégias da indústria do tabaco, que visa atrair jovens consumidores. Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelou que 16,8% dos estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos já haviam experimentado cigarros eletrônicos. A experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%).
O Ministério da Saúde alerta que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que incluem cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido, contêm nicotina e outras substâncias tóxicas que são prejudiciais tanto para os usuários quanto para os não usuários expostos aos aerossóis. Mesmo produtos que alegam não conter nicotina podem apresentar a substância em sua composição, afetando negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes.
O consumo de tabaco é um fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias, além de estar associado a mais de 20 tipos de câncer e outras condições de saúde debilitantes.
Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização, fabricação e publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil. Em abril, a Anvisa reforçou essa proibição, incluindo a fabricação, importação, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.