Anvisa proíbe produtos à base de fenol em procedimentos estéticos e de saúde
Medida é tomada após morte de jovem em São Paulo por complicações de peeling de fenol.
LUIS FERNANDO AMARANESApós a trágica morte de um jovem de 27 anos em São Paulo, decorrente de complicações após um peeling de fenol em uma clínica estética, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou a decisão de proibir a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e o uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.
A resolução, publicada no Diário Oficial da União, visa resguardar a saúde e a integridade física da população diante da falta de estudos que comprovem a eficácia e segurança do fenol para tais procedimentos.
A medida entra em vigor enquanto são realizadas investigações sobre os potenciais danos associados ao uso do fenol, que vem sendo empregado em diversos procedimentos invasivos. O peeling de fenol, embora autorizado no Brasil, é considerado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) como um procedimento invasivo e agressivo, indicado para tratar envelhecimento facial severo, mas que demanda extrema cautela devido aos riscos e ao tempo de recuperação prolongado.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) defende que procedimentos estéticos invasivos, como o peeling de fenol, sejam realizados apenas por médicos, preferencialmente com especialização em dermatologia ou cirurgia plástica, garantindo competência técnica e segurança aos pacientes.
O CFM ressalta a necessidade de fiscalização rigorosa por parte da Anvisa e das vigilâncias estaduais e municipais para coibir abusos e irregularidades na área, garantindo que os procedimentos sejam realizados em conformidade com as normas sanitárias e com estrutura adequada para intervenção de suporte à vida em caso de complicações.
