Quadrilha que arrombava caixas eletrônicos no Piauí é alvo da Polícia Federal
O grupo criminoso tinha apoio de agentes públicos e atuava em cidades do interior.
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (25), uma operação para desarticular uma quadrilha especializada em arrombar caixas eletrônicos em cidades do interior do Piauí e em outros estados do Brasil. A ação, chamada Operação Subversivos, teve como alvos até mesmo agentes públicos, suspeitos de ajudar o grupo criminoso com informações privilegiadas.
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão nos municípios de Teresina e Altos, todos autorizados pela 1ª Vara Federal Criminal do Piauí.

Segundo as investigações, os criminosos são do estado de Santa Catarina e já causaram prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal. Eles agiam principalmente em cidades pequenas, durante a madrugada, usando ferramentas elétricas para cortar os caixas e fugir com o dinheiro antes da chegada da polícia.
O que a polícia descobriu?
De acordo com a PF, os servidores públicos investigados usavam seus cargos para passar informações sigilosas, como a localização dos caixas, os horários de menor movimentação e detalhes da segurança dos bancos. Esse tipo de apoio teria facilitado pelo menos cinco ataques em cidades do Piauí.
Operação tem ligação com ações anteriores
A operação de hoje é um desdobramento da Operação Muros Baixos, realizada há cerca de 45 dias. Naquela ocasião, dois suspeitos foram presos quando se preparavam para arrombar caixas eletrônicos durante o Carnaval em Altos e outras cidades próximas a Teresina.
Quais crimes os suspeitos podem responder?
Os envolvidos podem ser acusados de: furto qualificado (quando há arrombamento ou uso de ferramentas); associação criminosa; corrupção passiva (quando servidores públicos se beneficiam de forma ilegal) e outros crimes que forem descobertos no andamento das investigações.
A Polícia Federal segue analisando documentos e materiais apreendidos para descobrir mais envolvidos e outras possíveis ações do grupo. A operação contou com apoio do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) e da Corregedoria da Polícia Militar do Piauí.