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Loja de eletrônicos em shopping de Teresina é alvo de operação da PF

Investigação aponta esquema milionário de contrabando, sonegação e lavagem de dinheiro.


Uma loja de eletrônicos localizada em um shopping de Teresina foi alvo da Operação Sin Tax, deflagrada na manhã desta quarta-feira (02) pela Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal. A ação investiga uma organização criminosa especializada na importação ilegal, transporte e venda de produtos eletrônicos de alto valor, como celulares e drones.

Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam celulares, relógios, joias e quantias em dinheiro. Apesar da operação, a loja em Teresina poderá continuar funcionando, segundo informou a Polícia Federal.

Foto: Reprodução/ AscomLoja em shopping de Teresina é alvo de operação contra fraude em importações.
Loja em shopping de Teresina é alvo de operação contra fraude em importações.

Esquema atuava em dois estados

Além do Piauí, a operação também foi realizada no Pará. No total, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Belém e 2 em Teresina, com participação de 16 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal.

A 4ª Vara Federal Criminal do Pará determinou ainda o bloqueio de bens e o sequestro de patrimônio no valor de R$ 6,4 milhões, vinculados aos investigados.

Segundo a investigação, o grupo movimentava grandes quantidades de eletrônicos importados sem passar pelos processos legais de entrada no país. Os produtos eram vendidos em lojas físicas nos dois estados, muitas vezes em centros comerciais e shoppings.

Empresas de fachada e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal identificou empresas registradas em nome de laranjas como parte da estrutura usada para ocultar a origem dos recursos. As empresas, embora formalmente ativas, não apresentavam lastro econômico-fiscal compatível com as movimentações realizadas.

Além de contrabando e descaminho, os investigados também são suspeitos de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Origem da investigação

A operação desta quarta é um desdobramento da Operação Mercador Fenício, de 2022, e de uma apreensão feita em dezembro de 2023 no Aeroporto de Belém, quando um passageiro foi flagrado com diversos eletrônicos não declarados.

Esses episódios levaram à descoberta de uma organização criminosa estruturada, que atuava em diferentes etapas do esquema, desde a importação irregular até a comercialização dos produtos.

A assessoria de comunicação do shopping onde a loja funciona informou que a direção não vai se manifestar sobre o caso.

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