Golpe do “falso parente” na internet já representa 1 em cada 4 fraudes digitais no Piauí
Em mais da metade dos casos, 58,28%, os golpistas usaram números desconhecidos.
LUIS FERNANDO AMARANESO golpe do “falso parente no WhatsApp” tem feito cada vez mais vítimas no Piauí e já é o mais comum entre os crimes digitais registrados no estado. Só em maio de 2025, 158 dos 613 casos analisados pelo projeto Alerta Digital, do Ministério Público do Estado (MPPI), envolveram esse tipo de fraude. O número equivale a 1 em cada 4 golpes, ou cerca de 25% do total.
O esquema é simples, mas eficaz: os criminosos se passam por filhos, netos ou amigos das vítimas, geralmente com um número novo, e pedem dinheiro via Pix ou pagamento de boletos. Em mais da metade dos casos, 58,28%, os golpistas usaram números desconhecidos, sem precisar clonar contas ou acessar dispositivos das vítimas.
As ocorrências foram registradas em 34 municípios piauienses, com destaque para Teresina, onde está a maior parte das vítimas. O prejuízo médio por pessoa foi de R$ 2.200, mas há casos em que a perda chegou a R$ 11.700.
Para o coordenador-geral do Procon/MPPI, Nivaldo Ribeiro, o foco do projeto Alerta Digital é justamente esse: “trazer à tona os dados que realmente ajudam o consumidor a se proteger”. A iniciativa, lançada em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, monitora fraudes digitais e divulga boletins mensais com os principais golpes em circulação.
A recomendação do Procon é que, ao receber mensagens de números desconhecidos solicitando dinheiro, o cidadão:
- Não faça pagamentos;
- Tente confirmar a identidade do remetente por outros meios;
- Registre um boletim de ocorrência;
- Procure os canais de defesa do consumidor.
Denúncias podem ser feitas na Delegacia Virtual do Ministério da Justiça e pelo e-mail: [email protected].
Além da análise de dados, o Alerta Digital vai lançar campanhas educativas com linguagem acessível e conteúdo visual para conscientizar a população sobre os riscos e formas de prevenção.
