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Golpe de R$ 23 milhões: 'idosos de aluguel' eram usados para fraudar benefícios no Piauí

Ação investiga esquema com “idosos de aluguel”; prejuízo estimado é de R$ 23 milhões.


A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (06), sete mandados de busca e apreensão no Piauí como parte da segunda fase da Operação Melhor Idade, que investiga um esquema de fraudes em benefícios assistenciais para idosos. As ações ocorreram nos municípios de Pedro II e Piripiri. A operação também acontece em São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.

As investigações apontam que uma organização criminosa falsificava documentos para obter benefícios de forma indevida. O grupo utilizava “idosos de aluguel”, que emprestavam suas características biométricas para dar legitimidade a identidades falsas. Alguns chegaram a constar em mais de 30 documentos diferentes.

Foto: Divulgação/ PF-DFOperação Melhor Idade.
Operação Melhor Idade.

Na primeira fase da operação, em janeiro, três pessoas foram presas e foram apreendidos celulares, documentos falsos, cartões de benefícios e extratos bancários. A análise do material indicou movimentações financeiras incompatíveis com a renda dos investigados e apontou indícios de lavagem de dinheiro.

Com os documentos fraudados, o grupo conseguiu abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único do Governo Federal e obter cerca de 259 Benefícios de Prestação Continuada ao Idoso, que paga um salário mínimo por mês. Além disso, foram solicitados diversos empréstimos consignados.

O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 23 milhões. A operação evitou um prejuízo de R$ 35 milhões, considerando os valores que seriam pagos caso o esquema não fosse interrompido.

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